O responsável pela Plataforma de Apoio aos Refugiados considera que a visita do Papa a Lesbos “tem o maior significado”.
“A visita do Papa a Lesbos tem o maior significado, desde logo por se concretizar neste contexto após o acordo da União Europeia e a Turquia e neste contexto de bloqueio da situação e por toda a sua força simbólica em que o Papa quis recordar que não se trata de números, mas de pessoas, de casos concretos, de histórias de vida que temos perante nós”, disse.
Rui Marques lembra que o Papa passou das palavras aos actos com o acolhimento às famílias sírias, um exemplo para todos.
“É um gesto simbólico, mas também efectivo daquilo que devia ser a resposta que a Europa deveria estar a dar. Acolher os refugiados que estão entre nós, que estão à espera na Grécia para serem recolocados. O Papa lidera pelo exemplo”.
O Papa Francisco concluiu a visita à ilha grega de Lesbos de forma surpreendente. A bordo do avião que o levou de regresso ao Vaticano transportou 12 refugiados (três famílias sírias, seis adultos e seis crianças), vítimas da guerra e todos muçulmanos.
Em Lesbos visitou um centro de acolhimento de refugiados, lembrou diversas vezes o drama e os problemas vividos de quem escapa da guerra e tenta ter um futuro melhor.