O cardeal D. Virgílio do Carmo da Silva, arcebispo metropolitano de Díli e pró-presidente da Conferência Episcopal Timorense (CET) agradeceu, esta manhã, ao Papa Francisco a sua presença no país. No final da eucaristia, que congregou na Esplanada de Taci Tolu cerca de 700 mil pessoas, D. Virgílio do Carmo da Silva afirmou que a presença do Papa Francisco “marca um passo decisivo no processo de construção do país, da identidade e da cultura”.
“Hoje, este lugar de Tasi Tolu é, mais uma vez, o epicentro de um evento histórico para o povo timorense. Após a visita do Papa São João Paulo II no ano de 1989, marcando o passo determinante para o nosso processo de autodeterminação, hoje, a presença de Sua Santidade, Papa Francisco marca um passo decisivo no processo de construção do país, da identidade e da cultura”, disse o cardeal.
Para o responsável da Igreja em Timor-Leste, “a presença paterna” de Francisco “nesta terra bendita é o sinal que Deus está perto das pessoas simples, pobres, humildes e marginalizadas”.
“A sua proximidade, o seu olhar compassivo, o seu amor e a sua atenção para esta terra, quase perdida no horizonte mundial, demonstra que o Santo Padre é modelo dum líder com coração de pai”, afirmou.
Referindo que “Timor é um pequeno país, é uma ilha distante”, o cardeal garantiu, no entanto, que “o seu povo é simples e vive a originalidade da sua fé em Jesus Cristo”.
“A Igreja Católica em Timor vive a sua missão de ser voz e esperança dos pobres e dos mais necessitados. Através do trabalho constante e a mútua cooperação entre o Estado e a Igreja timorense no processo da construção do estado e de afirmação da identidade, precisamos de escutar atentamente o clamor dos pobres e dos marginalizados”, assegurou.
Por fim, o cardeal pró-presidente da CET sublinhou que a visita de três dias de Francisco “nesta terra de Santa Cruz e de Santa Maria, dos santos mártires, vai ficar na memória viva" de cada um dos timorenses.
“E como sinal da nossa gratidão, queremos garantir-lhe a nossa incansável oração pela sua saúde, força e sabedoria no exercício do seu ministério como Sucessor de São Pedro, Pastor Universal da Igreja”, concluiu.