Incêndios. Declarações de Rangel "não fazem sentido" e são "de grande gravidade"
19-09-2024 - 10:29
 • Sérgio Costa , Jaime Dantas

O comentador diz que é preciso "ter alguma certeza" em torno das suspeições do "alegado interesses nos incêndios em Portugal" por parte da indústria da madeira.

O comentador da Renascença João Duque considera que "não fazem sentido" e de "grande gravidade" as declarações de Paulo Rangel em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e jornal "Público", nas quais o minsitro que podem existir "interesses" por parte o setor madeireiro em atear fogos florestais.

"Passámos da zona do café e do acho que para uma opinião, uma declaração oficial", diz João Duque

No seu comentário n' "As Três da Manhã", o economista e professor admite que possam existir "interesse na utilização de materiais que, apesar de terem sido parcialmente queimados, em combustão, são ainda utilizados com interesse económico", mas diz que o clima de suspeição em torno das empresas deve ser comprovado.

"Continuamos, ano após ano, a falar de legados interesses nos incêndios em Portugal e fica sempre a suspeição sobre aquela ou outra indústria. Convirá, pelo menos, ter algumas certezas", recomenda.

Por isso pede que seja feita "investigação do ponto de vista criminal, através dos instrumentos e instituições próprias".

O comentador diz mesmo que "de um modo geral, a indústria não tem interesse" em provocar incêndios.

"Vemos que as empresas de celulose cuidam e muito bem a floresta", sublinha.