O Papa recordou, esta quarta-feira, na habitual audiência pública, no Vaticano, a recente viagem ao Egipto, classificando-a como um “sinal de paz”.
“Um sinal de paz para o Egipto e para toda aquela região, que, infelizmente, sofre por causa dos conflitos e do terrorismo. Daí o lema da viagem, ‘O Papa da paz num Egito de paz’”, explicou, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
O Papa encerrou no sábado uma visita de dois dias ao Cairo, na qual repetiu mensagens contra a violência, o terrorismo e o ódio fundamentalista, em defesa da liberdade religiosa e do diálogo entre crentes.
Hoje, Francisco recordou que esta deslocação, a 18.ª viagem internacional do pontificado, aconteceu a convite do presidente da República do Egipto, do patriarca copto-ortodoxo, do grande imã de Al-Azhar e do patriarca copto-católico.
A viagem quis, por isso, deixar uma mensagem de paz e diálogo a todos os egípcios, “independentemente da sua cultura ou religião”.
“A minha visita à Universidade de Al-Azhar, a mais antiga universidade islâmica e máxima instituição académica do Islão sunita, teve um duplo horizonte: o diálogo entre cristãos e muçulmanos e, ao mesmo tempo, a promoção da paz no mundo”, precisou o Papa.
Francisco apelou a um humanismo que integre a dimensão religiosa e a uma “sã laicidade”, sublinhando que a paz só é possível por meio da educação que respeite a “Aliança” entre Deus e o homem.
A intervenção recordou depois assinatura de uma declaração comum entre o Papa e o patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Tawadros II, além da oração ecuménica no Cairo.
“Juntos, rezamos pelos mártires dos recentes atentados que atingiram tragicamente aquela venerável Igreja e o seu sangue fecundou aquele encontro ecuménico, no qual participou também o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu”, disse Francisco.
O Papa convidou depois os católicos no Egipto a serem “fermento de fraternidade”.
No final da audiência, Francisco saudou os peregrinos de língua portuguesa, de modo especial vários grupos do Brasil.