Violência na noite
11-11-2017 - 13:05

Que intervenção deve ter a PSP e que papel cabe à segurança privada na violência que por vezes ocorre nos espaços de diversão nocturna? O debate foi colocado na agenda política e mediática depois das agressões a dois homens, feitas por seguranças ao serviço da discoteca Urban Beach, em Lisboa.

Para falar sobre o assunto, o Em Nome da Lei convidou Linda Alagoinha, advogada das duas vítimas, Paulo Dâmaso, da administração da discoteca K Urban Beach (que no último momento comunicou não poder estar presente), Rui Mateus, estudante de Direito e frequentador da noite e ele próprio alegadamente agredido por seguranças da discoteca, e Marlon Queiroz, ex-segurança e autor do livro “As Máfias da Noite”.

Foram também convidados a PSP, que declinou o convite, o Ministério da Administração Interna (que tutela a segurança pública e privada, mas que recusou fazer-se representar por entender que antes da realização do Conselho de Segurança Privada não está em condições de tomar posição) e ainda a empresa para a qual trabalhavam os seguranças que cometeram as agressões na madrugada de 1 de Novembro – a PSG, que nem respondeu ao convite – e a Associação das Empresas de Segurança Privada, que optou por não se fazer representar.

De recordar que, na madrugada de 1 de Novembro, as cenas de violência levaram à prisão preventiva de dois seguranças, indiciados da prática do crime de homicídio qualificado na forma tentada e ao encerramento do estabelecimento por decisão da Administração Interna e a uma acção de fiscalização à actividade da empresa de segurança PSG.