Ucrânia. Charles Michel a caminho de Kiev para discutir envio de armamento
19-01-2023 - 08:48
 • Lusa

Visita é anunciada um dia depois da reunião do grupo de contacto para a Ucrânia, em Ramstein, Alemanha.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou esta quinta-feira que se encontra "em viagem para Kiev" onde deve discutir com o chefe de Estado Volodymyr Zelensky as novas medidas de apoio à Ucrânia que pede entregas mais rápidas de armamento.

Os dois dirigentes "vão discutir medidas concretas (...) para garantir que [a Ucrânia] seja mais forte", declarou Charles Michel num depoimento gravado em vídeo e divulgado através da rede social Twitter.

Os aliados da NATO prometeram a Kiev " apoio através do envio de armas pesadas e modernas" para conter as ofensivas da Rússia, acrescentou o presidente do Conselho Europeu.

"Os ucranianos combatem pelo próprio território, pelo futuro das suas crianças. Mas, batem-se também pelos valores comuns europeus de paz e prosperidade. Eles precisam, e merecem, o nosso apoio", declarou também o presidente do organismo que representa os 27 Estados da União Europeia.

Além dos encontros com o chefe de Estado ucraniano, Charles Michel vai reunir-se com o primeiro-ministro Denys Chmyga e com membros do Parlamento de Kiev (Rada).

Esta visita é anunciada um dia depois da reunião do grupo de contacto para a Ucrânia, em Ramstein, Alemanha, que reúne, cerca de 50 países liderados pelos Estados Unidos.

As discussões na Alemanha concentraram-se, sobretudo, nas questões relacionadas com o fornecimento de veículos blindados e sistemas modernizado de defesa antiaérea.

O Reino Unido já prometeu que vai enviar 14 carros Challenger 2 e o governo da Polónia diz estar preparado para enviar blindados Leopard 2, de fabrico alemão.

O envio (reexportação) dos veículos polacos depende da autorização da Alemanha.

Em Berlim, o chanceler alemão, Olaf Scholz, enfrenta pressões no sentido de autorizar o envio dos carros de combate usados por vários países da NATO.

Esta quinta-feira, os alarmes de ataque aéreo voltaram a soar na capital ucraniana.