Marcelo não excluiu hipótese de estar no Parlamento aquando da intervenção de Zelenskiy
08-04-2022 - 10:21
 • Miguel Coelho , Inês Braga Sampaio

Presidente da República explica que, agora que o Presidente da Ucrânia aceitou o pedido, é só uma questão de ajustar datas.

Marcelo Rebelo de Sousa não sabe se estará presente na Assembleia da República durante a intervenção do Presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelenskiy. De qualquer forma, garante que acompanhará a sessão, pelo menos, por videochamada.

Em declarações à Renascença, o Presidente da República explicou que não é tradição nestes casos.

"Uma vez quebrei a tradição com o Presidente João Lourenço [de Angola], porque ele estava cá numa visita de Estado. Mas a tradição não é essa. A tradição é da separação de poderes e o Presidente da República ir à Assembleia nas sessões do 25 de Abril e para mensagens sobre vida política interna. De outra forma, não costuma estar. Mas isso é algo que se ajustará mal seja conhecida a data da comunicação. De todo o modo, estarei em ligação para em direto acompanhar essa presença digital, por videoconferência, do Presidente Zelenskiy", salientou durante uma chamada telefónica que fez para dar os parabéns à Rádio Renascença pelos seus 85 anos.

Zelenskiy aceitou o convite que Marcelo lhe estendeu em nome da Assembleia da República e as diligências iniciais já começaram.

"Como se imagina, é alguém que está muito ocupado e que tem imensas solicitações. A Assembleia também está num período complexo, porque agora vai receber a proposta de Orçamento do Estado e entramos no período da Páscoa, mas penso que agora é só um problema de ajustamento de datas", frisou.

Na quinta-feira, fonte do gabinete do presidente da Assembleia da República confirmou à Renascença que Zelenskiy tinha aceite o pedido para discursar no Parlamento português por videochamada.

Foi o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) que lançou a ideia de realizar uma sessão solene com Zelenskiy por videoconferência. A proposta foi analisada na quarta-feira, na reunião de conferência de líderes, tendo sido aprovada, embora o PCP se tenha manifestado contra.