Homicídio de estudante em Bragança. Santos Silva envia voto de pesar ao Governo cabo-verdiano
07-01-2020 - 01:02

Ministro dos Negócios Estrangeiros telefonou ao homólogo cabo-verdiano e ao embaixador de Cabo Verde em Portugal "para apresentar o seu voto de pesar e de repulsa pelo ato bárbaro praticado e que conduziu à morte do jovem estudante cabo-verdiano”.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português telefonou na segunda-feira ao homólogo de Cabo Verde e ao embaixador deste país em Lisboa para apresentar "um voto de pesar e de repulsa" pela morte do estudante cabo-verdiano em Bragança.

De acordo com uma nota publicada na página da Embaixada de Cabo Verde em Portugal na rede social Facebook, Augusto Santos Silva “telefonou ao seu homólogo cabo-verdiano, Luís Filipe Tavares, e ao embaixador de Cabo Verde em Portugal, para apresentar o seu voto de pesar e de repulsa pelo ato bárbaro praticado e que conduziu à morte do jovem estudante cabo-verdiano”.

A 21 de dezembro de 2019, o estudante cabo-verdiano do Instituto Politécnico de Bragança Luís Giovani dos Santos Rodrigues terá sido agredido por vários homens à saída de uma discoteca da cidade. Transportado para o Hospital de Santo António, no Porto, o estudante de 21 anos acabou por morrer em 31 de dezembro.

O comunicado da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa refere também que “este não é um momento apropriado para se desferir ataques a instituições e sistemas”, mas de “repúdio da violência e gratuitidade de um ato praticado por pessoas concretas”. Segundo a nota, Augusto Santos Silva disse também ao homólogo de Cabo Verde e ao embaixador que “a comunidade cabo-verdiana em geral e a comunidade estudantil em particular são queridas e bem-vindas a Portugal”.

A representação diplomática de Cabo Verde em Lisboa acrescenta que “tem feito o que pode” para garantir o “apoio necessário” aos familiares do estudante cabo-verdiano, comprometendo-se, por isso, a “assumir os encargos com a contratação de um advogado especialista em direito criminal”, para que os pais de Luís Giovani “se constituam como assistentes no processo penal”.