"JMJ não é uma coisa episódica", defende D. Manuel Clemente
29-11-2023 - 23:15
 • Tomás Anjinho Chagas, enviado especial a Roma

Delegação da JMJ é recebida pelo Papa esta quinta-feira. Patriarca emérito admite que ficou "apreensivo" com estado de saúde de Francisco mas acredita que tem "ânimo que chegue para todos".

D. Manuel Clemente, patriarca emérito, acredita que a Jornada Mundial da Juventude que decorreu em agosto de 2023 em Lisboa "não é uma coisa episódica".

Em declarações à Renascença no exterior da Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, Manuel Clemente diz estar convicto de que o espírito vivido durante a JMJ vai ser perpetuado através das pessoas que o viveram.

"A JMJ tocou o coração de tanta gente, envolveu tanto trabalho, colaboração e boa vontade que entra dentro das pessoas. Aqueles que foram protagonistas da JMJ vão ser a continuação dela. Tenho a certeza absoluta disso", afirma o patriarca emérito que presidiu a uma missa que deixou uma série de ruas circundantes da Piazza Navona a falar português.

Agora sem as responsabilidades de estar à frente do Patriarcado de Lisboa, D. Manuel Clemente fala na "geração 23" e assegura que a JMJ "não é uma coisa acessória, episódica. É uma coisa que se entranha".

D. Manuel Clemente, que era cardeal-patriarca durante a realização do evento, vai encabeçar a comitiva portuguesa que vai ser recebida no Vaticano pelo Papa Francisco. O motivo? Agradecer a escolha de Lisboa como a capital da juventude deste ano.

O Papa Francisco tem estado doente, engripado, e por aconselhamento dos médicos cancelou a viagem que tinha marcada ao Dubai para ir à COP 28. "Ficámos apreensivos, mas graças a Deus vai acontecer", admite D. Manuel Clemente.

Apesar de considerar que o Papa tem "ânimo que chegue para todos", o patriarca emérito acredita que a visita de centenas de voluntários vai ajudar Francisco a melhorar o seu estado de saúde.