Medina. “Distribuímos tudo” o que o Estado recebeu a mais com impostos
29-03-2023 - 23:16
 • Tomás Anjinho Chagas com Lusa

Ministro das Finanças reafirma que Portugal “foi o quarto país da Zona Euro que mais apoios deu em percentagem do produto”.

O Governo garante que não está a beneficiar com a inflação e que devolveu tudo o que recebeu a mais em impostos no ano passado

Em entrevista à RTP, o ministro das Finanças lembra que o Executivo tem dado apoios sempre que pode.

Fernando Medina deixa, por isso, um desafio aos partidos da oposição. “Demonstrem que nós não distribuímos tudo aquilo que foi o acréscimo de receita que o Estado teve e demonstrem que Portugal não foi o quarto país da Zona Euro que mais apoios deu em percentagem do produto”.

O governante acrescenta que o Governo “teve de fazer um equilíbrio entre a diminuição da dívida e a dimensão dos apoios. Distribuímos tudo o que foi o acréscimo, não fomos além do que aquilo que nos tínhamos proposto ir, mas só distribuímos quando tínhamos para distribuir e quando íamos para distribuir, distribuímos tudo”.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, garante que "a poupança que reverterá para uma família num cabaz de 100 euros, por mês, será de 12 euros".

Fernando Medina defende que só o acordo assinado esta semana com os setores da distribuição e produção garante que a isenção do IVA de 44 bens alimentares "vai parar" ao bolso dos portugueses.

Na Grande Entrevista da RTP 3, o governante admite que antes existia um "risco real" de, mesmo sem IVA, os produtos não baixarem de preço e que foi por esta razão que, antes, foi contra a medida e agora é a favor.

Com o pacto assinado esta semana, entre o Governo e os representantes da distribuição (APED) e da produção (os agricultores da CAP), Fernando Medina considera que foram criadas as "condições para fazer o IVA zero, com acordo", estando garantindo que o valor do imposto de IVA não cobrado "vai parar ao bolso" dos portugueses.

"A poupança que reverterá para uma família num cabaz de 100 euros, por mês, será de 12 euros", disse o ministro, referindo-se à proposta de isenção do IVA, debatida esta quinta-feira pelo Parlamento, depois de aprovada pelo Conselho de Ministros, mas que ainda não entrou em vigor.