COP26. Boris Jonhson avisa que "raiva e impaciência" mundial castigarão falhanço na cimeira
01-11-2021 - 13:16
 • Lusa

"Podemos não nos sentir um James Bond, mas temos a oportunidade e o dever de fazer desta cimeira o momento quando a Humanidade começou a desarmar essa bomba, o momento quando começámos irrefutavelmente a virar a maré e a lutar contra as alterações climáticas", declarou o primeiro-ministro do Reino Unido.

O primeiro-ministro britânico avisou hoje os líderes mundiais que a "raiva e impaciência do mundos serão impossíveis de conter" se não conseguirem entender-se para conter as alterações climáticas, uma "máquina do apocalipse" que é preciso desarmar.

Boris Johnson falava na abertura da cimeira de líderes mundiais incluída na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), que se se realiza até 12 de novembro em Glasgow, Escócia.

"Podemos não nos sentir um James Bond, mas temos a oportunidade e o dever de fazer desta cimeira o momento quando a Humanidade começou a desarmar essa bomba, o momento quando começámos irrefutavelmente a virar a maré e a lutar contra as alterações climáticas", declarou o primeiro-ministro do Reino Unido, país anfitrião da cimeira.

Caso contrário, "todas as promessas terão sido apenas "blá blá blá" e a raiva e a impaciência do mundo serão impossíveis de conter", alertou, defendendo que a COP26 é o momento de as dezenas de chefes de Estado e governo presentes em Glasgow usarem a sua "criatividade, boa vontade e imaginação".

A observá-los estão "milhares de milhões de olhos desconfiados, nervosos e desencantados e ainda milhares de milhões de olhos dos que ainda não nasceram", que olharão para trás "com raiva ainda maior" se a cimeira os desiludir.

Johnson afirmou que a maneira de "desarmar a máquina do apocalipse" é conhecida e inclui acabar com a utilização de carros com motores de combustão interna, acabar com as centrais elétricas a carvão, travar e reverter a desflorestação e reunir o dinheiro necessário para os países mais pobres poderem fazer o mesmo.