Donald Trump nomeou uma lista de 33 consultores, todos católicos conservadores, na esperança de conseguir melhorar nas intenções de voto dos católicos americanos, que na maioria estão a pensar votar em Hillary Clinton, segundo algumas sondagens.
Na lista de novos consultores da campanha de Donald Trump inclui-se Rick Santorum, um ex-candidato à nomeação republicana para as presidenciais, tanto em 2012 como em 2016. Santorum desistiu da corrida durante as primárias e anunciou que apoiaria Trump, quando este assegurou a candidatura.
A justificação dada por Santorum é comum à de muitos católicos conservadores. O próximo Presidente dos Estados Unidos vai ter de nomear pelo menos um novo juiz para o Supremo Tribunal dos Estados Unidos ou, tendo em conta a idade de alguns dos outros juízes, mais do que um. Se Hillary Clinton vencer é expectável que nomeie um juiz progressista, o que daria aos liberais uma vantagem significativa no tribunal. Tem sido no Supremo Tribunal que se têm decidido algumas das questões mais fracturantes nos Estados Unidos, desde a legalização do aborto a nível nacional à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Donald Trump já prometeu nomear um conservador para substituir Antonin Scalia, que morreu este ano.
Ainda assim, alguns dos nomes na lista causam surpresa, como a de Joseph Cella, uma figura conhecida no meio católico conservador. Cella foi um de vários intelectuais católicos que assinou uma carta aberta, em Março, quando ainda decorriam as primárias, a apelar a um esforço concertado dos católicos para evitar a candidatura de Trump. Na altura, Cella e os restantes signatários descreveram Trump como um candidato “manifestamente inapto para ser Presidente dos Estados Unidos”.
A nomeação destes novos consultores surge numa altura em que Hillary Clinton e Donald Trump surgem empatados nas sondagens e na véspera do primeiro frente-a-frente entre os dois candidatos.