Cimeira da NATO. EUA vão anunciar reforço "a longo prazo" do envolvimento na Europa
28-06-2022 - 17:07
 • Lusa

Principal conselheiro diplomático e militar de Joe Biden afirma que um "certo número de países" da Aliança Atlântica também "prometeram aumentar as suas contribuições em matéria de defesa no flanco oriental".

Os Estados Unidos vão fazer "anúncios específicos" na cimeira da NATO sobre "novos compromissos militares em terra, mar e nos ares a longo prazo na Europa", em particular no leste do continente, indicou hoje um conselheiro do Presidente norte-americano.

Jake Sullivan, principal conselheiro diplomático e militar de Joe Biden, disse, a bordo do Air Force One, que um "certo número de países" da Aliança Atlântica também "prometeram aumentar as suas contribuições em matéria de defesa no flanco oriental".

A cimeira da NATO decorre de hoje a sexta-feira na capital espanhola, Madrid.

O responsável norte-americano acrescentou que Joe Biden vai comunicar oficialmente ao chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, um aumento dos navios de guerra na base naval de Rota [sul de Espanha] de quatro para seis, com o objetivo de reforçar a presença militar do seu país e da NATO nesta zona.

Sullivan sublinhou que esta medida permitirá aumentar a presença naval dos EUA e da NATO em todos os domínios marítimos relevantes e insere-se numa série de anúncios aguardados para quarta-feira.

O assessor para a Segurança Nacional explicou que durante o encontro vários países deverão indicar os seus compromissos para reforçar o flanco leste da NATO, adiantando que nessa perspetiva os Estados Unidos "vão emitir decisões específicas" sobre o envio de forças adicionais terrestres, marítimas e aéreas, enquanto se prolongar o conflito na Ucrânia.

Biden tem agendado um encontro com Sánchez logo após a sua chegada a Madrid, proveniente da Alemanha, onde participou na cimeira do G7.

Jack Sullivan também revelou que os Presidentes dos EUA e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, têm previsto um encontro na quarta-feira à margem da cimeira e indicou que a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, pretendida por Washington e que Ancara ameaça bloquear, "será abordada", mesmo que não constitua o "elemento central" da discussão.

Ainda na quarta-feira, Biden também se reunirá com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e com o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, precisou.

"Será a primeira reunião (...) desde há muito tempo entre os dirigentes dos três países", disse Sullivan, acrescentando que o encontro à margem da cimeira da NATO será "principalmente consagrado à ameaça duradoura que coloca a Coreia do Norte".

Esta é a primeira vez que um primeiro-ministro japonês participa numa cimeira da aliança militar ocidental.