Seis trabalhadores da Cruz Vermelha foram assassinados no norte do Afeganistão esta quarta-feira, alegadamente por militantes do Estado Islâmico que actuam na região. A instituição humanitária suspendeu as operações no país.
Outros dois trabalhadores estão desaparecidos na sequência de um ataque armado à comitiva da Cruz Vermelha que levava bens para uma zona do norte do Afeganistão que tem sido particularmente atingido por tempestades de neve.
"Trata-se de um acto desprezível. Nada justifica o assassinato dos nossos colegas e queridos amigos", afirmou a chefe da delegação afegã da Cruz Vermelha, Monica Zanarelli.
O governador provincial da região de Jowzjan, Lotfullah Azizi, aponta o dedo aos Estado Islâmico, dizendo que os seus militantes têm estado muito activos naquela área. Um porta-voz dos talibãs, mais numerosos no Afeganistão, garantiu que o grupo fundamentalista não esteve envolvido.
A região de Jowzjan foi atingida por mais de dois metros de queda de neve nos últimos dias. Há zonas isoladas e mais de 100 pessoas morreram por causa do mau tempo. A equipa da Cruz Vermelha transportava bens para apoio da comunidade local quando foi interceptada e atacada.
O presidente da Cruz Vermelha Internacional também reagiu ao atentado, dizendo que "estes funcionários estavam simplesmente a cumprir o seu dever, procurando ajudar e apoiar a comunidade local", disse Peter Maurer.
Prosseguem as buscas pelos dois funcionários da Cruz Vermelha desaparecidos.
A Cruz Vermelha anunciou que as operações no país estão suspensas, até que esteja concluída a investigação ao ataque.
[Notícia actualizada às 19h35]