Pandemia provou que Portugal tem de mudar "a organização do envelhecimento", diz Manuel Lemos
26-05-2022 - 10:03
 • João Malheiro

Presidente da União das Misericórdias Portuguesas considera que os lares portugueses são um caso de sucesso na forma como responderam à pandemia.

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, refere que a pandemia da Covid-19 veio demonstrar "que temos de mudar a organização do envelhecimento".

"É o maior problema da Europa e o maior problema de Portugal", disse no primeiro painel da conferência “Pós-Pandemia, Recuperação e Resiliência do Pilar Social em ano de descentralização de competências”, organizado pela Renascença.

Manuel Lemos afirmou que os idosos foram o alvo predileto do novo coronavírus e Portugal teve reagiu de forma "extraordinária".

"Ninguém abandona os seus nos nossos lares. Acho que os lares portugueses são um caso de sucesso na forma como responderam à pandemia", considerou.

No entanto, o presidente da UMP avisa que não vamos "passar ao lado" de novas pandemias e que é preciso "salvaguardar-nos mais e melhor".

"Para não transformar Portugal num imenso lar, temos de ter um plano. Temos que por a técnica na velocidade", concluiu.

Manuel Lemos avisa ainda que "não vivemos num mar de rosas" e a crise pandémica "deixou marcas profundas".

E os problemas não se resolvem "orgulhosamente sós", ou seja, o país não deve "divorciar-se da sua responsabilidade coletiva".

"Nesse sentido acho que a pandemia pode ternos dado a consciência da inevitabilidade de que temos de fazer todos em conjunto", considerou.