​Negociações com a Rússia. Ucrânia exige cessar-fogo e retirada das tropas
28-02-2022 - 10:00
 • Renascença com Lusa

A delegação ucraniana chegou à zona junto à fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia para participar nas negociações” pelas 9h00 em Lisboa, indicou a presidência da Ucrânia através de um comunicado.

A delegação da Ucrânia que se encontra hoje de manhã no local onde vão decorrer as negociações com a Rússia vai exigir um cessar-fogo “imediato” e a retirada das tropas russas, anunciou a presidência ucraniana.

“A delegação ucraniana chegou à zona junto à fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia para participar nas negociações” pelas 9h00 em Lisboa, indicou a presidência da Ucrânia através de um comunicado.

“A ‘questão chave’ é o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas do território ucraniano”, refere o mesmo documento.

Segundo informação adiantada pelo governo ucraniano, o presidente da Ucrânia não faz parte da delegação que estará em negociações com a Rússia. Nesta delegação estão elementos como o ministro da Defesa, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, um conselheiro da Presidência, entre outros.

Entretanto, na última hora o conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski, disse que Moscovo quer encontrar “um acordo” durante as conversações com Kiev.

“A cada hora que o conflito se prolonga, são os cidadãos e os soldados ucranianos que morrem. Concordamos em chegar a um acordo, mas deve ser do interesse das duas partes”, disse Medinski à televisão russa.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.

A ONU deu conta de perto de 370 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.