"Ofereço 150 mil dólares a quem completar o trabalho". Suspeito de tentar matar Trump escreveu carta
23-09-2024 - 16:11
 • Diogo Camilo

Ryan Routh esperou 12 horas pelo candidato a presidente dos EUA no seu campo de golfe, na Flórida, até ser avistado pelos serviços secretos. No seu carro estava uma lista com datas e locais onde Trump apareceu ou estava previsto aparecer.

O homem acusado de uma aparente tentativa de assassinato a Donald Trump num campo de golfe na Flórida na passada semana deixou para trás uma carta na qual mostrava intenções de matar o ex-presidente dos Estados Unidos e tinha no seu carro uma lista de datas e locais onde Trump esteve e estava previsto aparecer nos próximos meses.

A 15 de setembro, agentes dos serviços secretos norte-americanos abriram fogo após avistarem uma pessoa com uma arma de fogo perto do clube de golfe de Trump em West Palm Beach, na Flórida.

Ryan Routh, de 58 anos, fugiu do local num SUV, mas foi mais tarde detido pela polícia numa autoestrada. No seu carro estava uma lista de datas em agosto, setembro e outubro com os locais onde Trump apareceu ou estava previsto aparecer, segundo informações divulgadas pelo Departamento de Justiça dos EUA, citados pela Reuters.

No local, as autoridades encontraram uma carta numa caixa onde também estavam munições, uma barra metálica e quatro telemóveis. Na mesma, Routh escreveu: “Esta é uma tentativa de assassinato a Donald Trump, mas falhei-vos”, indicando que irá oferecer “150 mil dólares a que completar o trabalho”.

Dados do seu telemóvel mostram que Routh esperou cerca de 12 horas no local até ser avistado pelos serviços secretos dos EUA. O suspeito já tinha sido condenado em 2002 por posse de armas de destruição maciça, quando se barricou com explosivos dentro do seu local de trabalho após fugir às autoridades.

No ano passado, publicou um livro em que escreveu que o Irão estava “à vontade para assassinar Trump” depois dos EUA terem saído do acordo nuclear com Teerão durante a sua presidência.

O homem surgiu esta segunda-feira pela primeira vez em tribunal, onde é acusado de pelo menos dois crimes, por posse de arma de criminoso condenado e posse de arma com número de série apagado.

O incidente aconteceu quase dois meses após a tentativa de assassinato a Trump durante um comício de campanha para as presidenciais dos EUA na Pensilvânia.