Santa Maria da Feira. Criança infetada em creche coloca 32 pessoas em quarentena
03-09-2020 - 10:46
 • André Rodrigues com Lusa

Caso teve origem numa menina assintomática de quatro anos e obrigou a remeter para casa as crianças que frequentam a instituição, os pais e quatro funcionários.

O Centro Social e Paroquial de Romariz, em Santa Maria da Feira, tem 28 crianças e quatro funcionários em quarentena devido à contaminação de uma menina com o novo coronavírus.

"Estamos a falar de uma criança de 4 anos, cuja mãe deu [resultado positivo para a[ Covid-19. Esta criança também deu, mas está assintomática", tendo sido "aconselhado retirar [do edifício] todas as crianças que estivessem em contacto" com a menina, explica à Renascença José Manuel Andrade, da direção desta instituição particular de solidariedade do distrito de Aveiro.

De início, "estavam previstas 32 crianças" a ficar de quarentena, "mas na listagem a DGS disse que só 28 ficariam em quarentena, mais quatro colaboradoras", adianta o pároco de Romariz, acrescentando ainda que "ninguém apresenta sintomas por enquanto.

"Todas as instruções da Direção-Geral da Saúde" (DGS) foram cumpridas, garante.

O mesmo centro social mantém em funcionamento, contudo, tanto a creche como o jardim-de-infância, assim como as valências de ocupação de tempos livres.

"O centro de dia está a funcionar bem, está no outro edifício", indica José Manuel Andrade, explicando que o espaço "está dividido em dois edifícios". Não há trajetos comuns às várias valências, "por isso é que continuamos ainda a funcionar", tal como "no infantário. As crianças estavam distribuídas por salas diferentes e valências diferentes", explica à Renascença.

A diretora técnica da instituição, Filipa Pinto, acrescenta à agência Lusa, na gestão deste caso, foi determinante a existência de um registo cronológico dos contactos entre os diferentes utentes.

"Foi uma sorte, mas algumas crianças só entraram no dia 1, quando as que estavam sob suspeita já estavam em casa, e isso deixou-as fora de risco", explicou.

A mesma responsável afirmou que a situação está a ser encarada com "tranquilidade, porque a instituição está a seguir todas as normas da DGS, sempre fez o controlo de temperaturas à entrada e também faz o registo de diarreias", pelo que "está alerta logo aos primeiros sintomas".

Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 2 de março, o último balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicava 1.827 óbitos entre 58.633 infeções confirmadas.