Ordem dos Médicos elogia novo ministro da Saúde, mas pede nova política
09-09-2022 - 19:11
 • Pedro Mesquita

"Sem rever as carreiras, sem fazer uma valorização da profissão, obviamente que será difícil conseguir que os médicos optem por ficar no SNS", afirma o bastonário Miguel Guimarães.

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Existiu sensatez na escolha do novo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, mas é preciso mudar o rumo político no setor, defende o bastonário da Ordem dos Médicos.

Em declarações à Renascença, Miguel Guimarães subscreve a escolha de Manuel Pizarro para suceder a Marta Temido na pasta da Saúde.

“É uma escolha que me parece sensata no momento atual. O Dr. Manuel Pizarro é médico, conhece bem o SNS, tem um conhecimento substancial sobre os problemas de saúde na Europa e tem uma boa capacidade de gestão e de relacionamento com os profissionais de saúde”, afirma o bastonário.

Miguel Guimarães considera que Miguel Pizarro pode ser o homem certo para resolver os problemas nas urgências, por exemplo, mas só “se seguir políticas diferentes daquelas que têm sido seguidas até agora”.

“A questão fundamental relativamente aos serviços de urgência tem a ver com a atratividade que o SNS tem, neste caso, para os médicos. Sem rever as carreiras, sem fazer uma valorização da profissão, obviamente que será difícil conseguir que os médicos optem por ficar no SNS. Essa é uma questão central”, sublinha o bastonário da Ordem dos Médicos.

Manuel Pizarro é o novo ministro da Saúde, anunciou esta sexta-feira a Presidência da República. O médico e eurodeputado vai suceder a Marta Temido.

A tomada de posse está marcada para sábado, às 18h30, no Palácio de Belém.