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O candidato presidencial Donald Trump promete endurecer e tornar mais eficaz a vigilância no país. O empresário falava no sábado à noite aos seus apoiantes de Colorado Springs e reagia assim às notícias da explosão de uma bomba em Manhattan.
Trump foi o primeiro a falar. Ainda as autoridades não tinham confirmado o incidente, já o multimilionário dava conta aos jornalistas de que “uma bomba explodiu” em Nova Iorque.
“Pouco antes de sair do avião, uma bomba explodiu em Nova Iorque e ainda ninguém sabe o que se passa”, anunciou. “Temos de ser muito duros. É uma coisa terrível o que está a acontecer ao nosso mundo. Temos de ser duros, inteligentes e estar vigilantes”, decretou.
A explosão ocorreu perto das 20h30 (1h30 em Lisboa) no bairro de Chelsea, na rua 23, entre a 6ª e a 7ª avenida.
Mais cautelosa foi a reacção de Hillary Clinton. “Fui informada sobre umas explosões em Nova Iorque e Nova Jérsia, bem como sobre um ataque no Minnesota. É importante que conheçamos bem os factos. Penso que é sempre mais sensato esperar até ter toda a informação do que avançar com conclusões precipitadas”, afirmou a candidata democrata aos jornalistas, no avião de campanha que a transportava de Washington para Nova Iorque.
“Obviamente, temos de fazer tudo para apoiar as equipas no local e rezar pelas vítimas. Tenho estado em contacto com o presidente da Câmara de Nova Iorque e várias autoridades para saber mais sobre a investigação que estão em curso e terei mais para dizer sobre o assunto quando reunir mais factos”, acrescentou.
Em silêncio tem-se mantido Barack Obama. Segundo a Casa Branca, o Presidente norte-americano tem-se mantido informado sobre os acontecimentos, mas ainda não quis reagir.
A explosão na rua 23 fez 29 feridos, um dos quais em estado grave. Pouco tempo mais tarde, na rua 27, também entre a 6ª e a 7ª avenida, foi encontrado um segundo engenho explosivo, de fabrico artesanal (a partir de uma panela de pressão), que as autoridades desactivaram.
O incidente foi classificado como um “acto intencional” e um crime, mas sem indícios de terrorismo.
Nova Iorque tem 8,4 milhões de habitantes e está sob medidas especiais de segurança, na sequência da Assembleia Geral das Nações Unidas, que recebe na terça-feira a cimeira sobre refugiados e migrantes. O Presidente da República português falará nesse dia, pela primeira vez, naquele órgão da ONU.