O Rei Felipe VI de Espanha pede determinação na luta contra a crise climática aos chefes de Estado e de Governo presentes na cimeira do clima da ONU (COP25), que arrancou esta segunda-feira em Madrid.
"Nenhuma fronteira pode proteger-nos dos efeitos das alterações climáticas. Devemos atuar com liderança e determinação", afirmou o monarca, na receção que ofereceu, juntamente com a rainha Letizia, no Palácio Real, aos líderes mundiais e aos chefes das delegações participantes na COP25, que começou hoje na capital espanhola e termina em 13 de dezembro.
Segundo Felipe VI, "não há tempo para duvidar" dos efeitos do aquecimento do planeta e há "muito trabalho por fazer", sendo possivelmente necessárias "várias gerações" para realizá-lo.
Num discurso praticamente todo em inglês, o rei espanhol disse que "a luta contra as alterações climáticas representa uma oportunidade de ouro".
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, foi um dos convidados para esta receção real.
Horas antes, na abertura da cimeira da ONU, pediu a todos os países do planeta para “ultrapassarem” as suas divisões e chegarem a um “entendimento” para lutar contra as alterações climáticas.
O secretário-geral das Nações Unidas fez um apelo aos representantes de mais 170 países presentes “para que aumentem” a sua “ambição e urgência” na luta contra o problema.
Por seu lado, o primeiro-ministro português, António Costa, alertou em Madrid os cerca de 50 líderes mundiais presentes na sessão da abertura da cimeira sobre as alterações climáticas que o tempo é “curto”, havendo o “dever imperioso de agir”.
“Temos dois deveres, ouvir os cientistas e o dever imperioso de agir” para salvar o planeta das consequências das alterações climáticas, disse António Costa na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo que se seguiu à sessão de abertura da cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas, conhecida como COP25, que irá decorrer até 13 de dezembro na capital espanhola.