México. Padre missionário desaparecido encontrado morto com sinais de violência
27-08-2018 - 18:00
 • Ecclesia

É o terceiro padre a ser assassinado no território de Michoacán, arquidiocese de Morelia, nos últimos cinco anos. as autoridades suspeitam de que o sacerdote terá sido assassinado na sequência de um assalto.

Um sacerdote de 49 anos, missionário da Sagrada Família no México que estava desaparecido desde 18 de agosto, foi encontrado morto na cidade de Nueva Itália, no Estado de Michoacán, arquidiocese de Morelia.

De acordo com a Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), o padre Miguel Flores Hernandez foi encontrado sem vida, e em circunstâncias violentas, num terreno baldio.

Os primeiros sinais, a partir do testemunho do bispo auxiliar de Morelia, D. Herculano Garfias, indicam que o sacerdote terá sido assassinado na sequência de um assalto, já que a viatura da vítima ainda não foi encontrada.

O corpo do padre Miguel Flores Hernandez foi localizadono sábado e, neste momento, as investigações prosseguem, com as autoridades a não apontarem para já qualquer ligação deste caso ao crime organizado.

Este é o terceiro padre a ser assassinado no território de Michoacán, integrado na Arquidiocese de Morelia, nos últimos cinco anos.

Depois de expressar as suas condolências pela morte do sacerdote, D. Herculano Garfias vincou que “a posição da Igreja continua a ser de apelo à reconciliação e ao perdão”.

O bispo auxiliar de Morelia exortou toda a população, e em particular todos os membros do clero, a terem cuidados redobrados e muita “prudência”, porque “qualquer pessoa pode ser vítima de assalto, roubo, ameaças ou extorsão”.

O prelado reforçou o apelo da Igreja Católica local para “que cesse esta grave situação de violência nas cidades” e para que todas as pessoas possam “viver em paz”.

O sacerdote assassinado era originário de Sombrerete Zac, no Estado de Zacatecas, e tinha sido ordenado em 2007, pela Congregação dos Missionários da Sagrada Família.

Desempenhava de momento as funções de vigário na Paróquia de Santa Catarina de Alejandria, em Jucutacato, e tinha a seu cargo o centro ‘Nazaré’, direcionado para a pastoral da família, e de modo especial para o apoio a crianças abandonadas e ao trabalho com jovens.