“Braço-de-aço” entre UE e EUA
02-03-2018 - 14:43

Os Estados Unidos declaram guerra comercial ao mundo. Em causa a decisão do Presidente norte-americano de avançar com tarifas adicionais às importações de aço e de alumínio.

Através da sua conta no Twitter, Donald Trump afirma que as guerras comercias são positivas e fáceis de ganhar. Do lado europeu, a Comissão diz-se preparada para responder de acordo com as regras da organização mundial do comercio. De resto, a Alemanha - através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros - já pediu uma reacção firme por parte da UE sobre as taxas norte-americanas. A Alemanha que acaba por ser a mais prejudicada. O país, convém lembrar, é o principal produtor europeu de aço.

A “guerra” declarada por Washington ao resto do mundo é tema prioritário nesta edição do Visto de Bruxelas onde se fala também do Brexit, cujo acordo pode estar em risco. A delicada gestão da fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte ameaça o entendimento com os 27. Bruxelas mantém a Irlanda do Norte integrada na União Aduaneira da UE, criando uma fronteira virtual no mar da Irlanda com a Grã-Bretanha. Theresa May considera inaceitável a posição europeia, alegando razões de ordem constitucional e territorial.

De acordo com Michel Barnier, o chefe dos negociadores europeus, o texto do acordo aprovado pelo colégio de comissários esta semana visa promover a transparência” e introduzir “clareza” nas negociações - que - segundo diz . só não são mais claras e transparentes porque Londres insiste em não avançar com propostas concretas em várias matérias. Desde os direitos dos cidadãos europeus em solo britânico, à factura a pagar a Bruxelas pela separação.

A menos de 48 horas das eleições legislativas em Itália, analisamos também as implicações em Itália, mas também ao nível da composição das instituições comunitárias. É que o actual presidente do Parlamento Europeu aceitou o convite de Silvio Berlusconi para ser Primeiro-ministro, caso a coligação Forza Italia obtenha a maioria dos votos.

As sondagens mais recentes não apontam maioria absoluta a nenhum dos partidos. Há uma ligeira vantagem da coligação Forza Itália de Silvio Berlusconi que, caso seja a mais votada, leva Antonio Tajani para a chefia do Governo italiano.

Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus