Covid-19. Prémio Emmy para as conferências de imprensa do governador de Nova Iorque
21-11-2020 - 01:24
 • Lusa

"Os 111 'briefings' diários do governador funcionaram tão bem porque ele criou efetivamente 'shows' televisivos, como personagens, gráficos e histórias de sucesso e fracasso", argumentou o presidente da Academia, Bruce L. Paisner.

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O governador do Estado de Nova Iorque, o democrata Andrew Cuomo, vai ser distinguido com um Emmy pela Academia Internacional de Artes e Ciências Televisivas pelas suas conferências de imprensa diárias sobre a pandemia.

A Academia, cujos membros incluem personalidades da comunicação social e do entretenimento de cerca de 60 países e 500 empresas, anunciou na sexta-feira os seus planos de dar um International Emmy a Cuomo, durante um evento a transmitir ao vivo na segunda-feira.

O presidente da Academia, Bruce L. Paisner, disse que Cuomo vai ser distinguido com o Prémio dos Fundadores, por usar os seus 'briefings' para informar e acalmar o público.

Este galardão já foi entregue a pessoas como Al Gore, Oprah Winfrey e Steven Spielberg.

"Os 111 'briefings' diários do governador funcionaram tão bem porque ele criou efetivamente 'shows' televisivos, como personagens, gráficos e histórias de sucesso e fracasso", argumentou Paisner.

"Pessoas de todo o mundo sintonizavam para ver o que estava a acontecer e Nova Iorque tornou-se um símbolo da determinação de lutar", acrescentou.

Cuomo usou as suas mais de 100 apresentações assentes em 'slides', exibidos através do 'Powerpoint', e no seu estilo, por vezes emotivo, por vezes cortante, para dar atualizações diárias e detalhar os esforços da sua administração para proteger a economia e evitar a concretização de previsões de 100 mil pessoas hospitalizadas em simultâneo.

A pandemia teve um pico na primeira metade de abril, quando cerca de 18 mil pessoas estiveram hospitalizadas em simultâneo e os hospitais e casas de saúde reportavam 800 mortes por dia.

Nova Iorque já registou, pelo menos, 34.187 mortes associadas à covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins e está agora a ter menos mortes e hospitalizações do que na primavera.

Os EUA são o país com mais mortos (252.555) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 11,7 milhões).