​Espanha. Rajoy espera formar governo no prazo de um mês
27-06-2016 - 09:53

Líder do PP reúne esta segunda-feira o comité executivo do partido e nos próximos dias deve encetar conversações com os outros partidos políticos.

O líder do Partido Popular (PP) espanhol espera conseguir um acordo para formar governo dentro de um mês. O prazo foi deixado por Mariano Rajoy em entrevista, esta segunda-feira de manhã, à rádio espanhola Cadena Cope, depois da vitória alcançada nas eleições de domingo.

“Eu creio que dentro de um mês teremos de ter um acordo mínimo, porque não tinha sentido entrar num período de vários meses de perda de tempo, como temos estando desde as eleições de Dezembro, já lá vai mais de meio ano. Gostava que num mês fossemos capazes de chegar a um entendimento razoável e facilitar as coisas a sua majestade, o Rei”, disse Rajoy.

Esta segunda-feira, o líder do PP reúne o comité executivo do partido e nos próximos dias deve encetar conversações com os outros partidos políticos.

O Partido Popular conseguiu 137 lugares no congresso, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) conseguiu 85 lugares e o Podemos 71. Já o Cidadãos ficou-se pelos 32 assentos no Parlamento.

César Luena, número dois do PSOE, alertou que o resultado dos socialistas espanhóis indicam vontade de mudança contra as "políticas injustas, ineficazes e anti-sociais", mas que cabe ao PP a iniciativa de formar Governo.

Este membro da organização do PSOE não rejeita que os socialistas possam vir a formar Governo, apesar de ter elegido 85 deputados, mas frisou que compete a Rajoy tomar a iniciativa, porque o Partido Popular foi a força política que venceu as legislativas. Luena insistiu que ao conquistar 137 deputados, o líder do PP "tem a obrigação e a responsabilidade" de tentar tomar posse, tal como como aconteceu após as eleições legislativas de Dezembro do ano passado.

Os espanhóis foram domingo às urnas para escolher os 350 deputados e 208 senadores que vão tentar desbloquear o actual imbróglio político em que o país vive há seis meses. Desde as eleições de 20 de Dezembro, os partidos foram incapazes de chegar a acordo para assumir as responsabilidades governativas.