A educação é, sem dúvida, um dos pilares fundamentais para o progresso de qualquer sociedade e a sua importância transcende a simples aquisição de conhecimentos técnicos ou teóricos. Ela é a base sobre a qual se constroem os valores, a ética e a cidadania. No contexto atual, onde o mundo enfrenta desafios sem precedentes, como a crise climática e as crescentes desigualdades sociais, a educação — especialmente a universitária e a contínua aprendizagem através de Formação Executiva — emerge como uma ferramenta vital para moldar uma civilização mais consciente, responsável e comprometida com o bem comum.
Neste contexto, a educação universitária desempenha um papel crucial no desenvolvimento de cidadãos preparados para enfrentar os complexos desafios do século XXI. Não se trata apenas de formar profissionais competentes, mas sim de criar líderes responsáveis, capazes de tomar decisões que considerem o impacto social e ambiental das suas ações. As universidades têm a responsabilidade de instilar nos seus alunos uma compreensão profunda dos problemas globais, incentivando-os a procurar soluções inovadoras que promovam a sustentabilidade e a equidade. As escolas de negócio, como a CATÓLICA-LISBON, têm a obrigação de transmitir conhecimento de uma forma que os líderes de amanhã entendam que "Profit, People and Planet" podem de facto viver em perfeita harmonia.
No entanto, a educação não termina com a obtenção de um diploma. Vivemos numa era de mudanças rápidas, onde o conhecimento e as competências exigidas pelo mercado de trabalho e pela vida em sociedade evoluem constantemente. Por isso, o conceito de aprendizagem ao longo da vida, consubstanciada como Formação de Executivos, se torna imprescindível, é através dessa contínua busca por conhecimento que os executivos se podem adaptar, inovar e contribuir de forma eficaz para a sociedade. Mais do que nunca, compete às escolas de negócio, através das suas equipas de Formação Executiva, promover uma cultura de aprendizagem contínua, onde os crescimentos pessoais e profissionais não têm um ponto final, mas sim um caminho sem fim.
A educação, especialmente a de nível superior, tem também um papel central na formação de valores éticos e na promoção do respeito pelos grandes desafios que enfrentamos enquanto civilização. A crise climática, por exemplo, não pode ser dissociada da educação, as instituições de ensino superior devem colocar a sustentabilidade no centro dos seus currículos, preparando os estudantes para serem não só consumidores de conhecimento, mas também agentes ativos na preservação do planeta.
Da mesma forma, a educação deve ser um vetor de promoção da justiça social. A crescente desigualdade é uma ameaça ao tecido social e à estabilidade global e as universidades devem educar os seus alunos e executivos para entenderem as raízes dessas desigualdades e para trabalharem em prol de soluções que promovam uma distribuição mais equitativa dos recursos. A empatia, o respeito e a solidariedade são valores que devem ser incutidos desde cedo e reforçados ao longo de toda a vida académica e profissional. Mais do que nunca, as Universidades devem ser espaços onde se cultivam a diversidade, o pensamento crítico e a responsabilidade social.
Investir na educação, e em particular na educação universitária e contínua formação enquanto executivos, é investir num futuro melhor para a humanidade.
Nuno Moreira da Cruz, Dean for Executive Education na Católica Lisbon School of Business & Economics.
Este espaço de opinião é uma colaboração entre a Renascença e a Católica Lisbon School of Business and Economics