Tufão Hagibis faz um morto no Japão
12-10-2019 - 13:35
 • Lusa

Mais de 1,6 milhões de pessoas foram aconselhadas a abandonar as suas casas.

O Japão está, este sábado, em alerta máximo devido à aproximação do tufão Hagibis, que já provocou pelo menos um morto, graves danos materiais e cortes de energia a leste de Tóquio.

Devido ao impacto esperado, as autoridades recomendaram a retirada de cerca de 1,6 milhões de pessoas.

Horas antes de chegar à costa, o tufão provocou pelo menos um morto na região de Chiba, a leste de Tóquio, que já havia sido atingida por um tufão no mês passado.

"Um homem de 49 anos foi encontrado numa carrinha capotada. Foi enviado para o hospital, onde a sua morte foi declarada", disse à agência France-Presse (AFP) o porta-voz dos bombeiros de Ichihara, na província de Chiba.

Na mesma província, a emissora NHK dá conta de graves danos materiais e cortes de eletricidade em cerca de 30 mil casas. Já em Tóquio o número sobe para 150 mil.

Numa decisão pouco habitual, a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês) ativou o nível de alerta máximo - nível 5 – devido à previsão de chuvas de intensidade raramente observada, em 12 regiões do centro e este do país, nomedamente, Shizuoka, Kanagawa, Tóquio, Saitama, Gunma, Yamanashi, Nagano, Ibaraki, Tochigi, Niigata, Fukushima e Miyagi.

No alerta, a JMA avisa que a forte precipitação poderá atingir níveis observados em 1958, em que a passagem do tufão Ida causou mais de 12 mil mortos e desaparecidos, e aconselha os residentes em locais na proximidade de rios ou nas zonas costeiras a procurarem refúgio em lugares seguros ou nos andares mais elevados dos edifícios.

Espera-se que o tufão, classificado como "muito forte", a segunda categoria de maior intensidade da Agência Meteorológica do Japão, atinja a zona centro e leste do país esta noite, com rajadas de vento até 216 quilómetros por hora.

Pelo menos 10 rios do país estão em risco de transbordar, há barragens a atingir o limite máximo da sua capacidade e preveem-se subidas do nível do mar até 2,5 metros na bíia junto à capital, Tóquio, segundo avança a cadeia de televisão pública NHK.

As autoridades alertaram para o risco de inundações e deslizamentos de terra.

Entretanto, a agência Associated Press avançou, ainda, que a região foi abalada por um sismo com magnitude de 5,3, cujo impacto foi minimizado pela proximidade à zona costeira.

As duas maiores companhias aéreas japonesas, a ANA e a JAL, cancelaram quase todos os seus voos internacionais e domésticos de e para Tóquio, bem como os de Nagoya (central) e Osaka (ocidental).

O tufão obrigou, também, ao adiamento, de sábado para domingo, das qualificações para o Grande Prémio de Fórmula 1 (F1) no circuito de Suzuka.