Papel da Igreja no espaço digital é gerar comunhão
27-09-2018 - 06:34
 • Ana Lisboa

É uma das vertentes da mensagem da Obra Nacional da Pastoral do Turismo para o Dia Mundial do Turismo, que se assinala esta quinta-feira.

A Obra Nacional da Pastoral do Turismo pede aos cristãos que façam da rede digital um espaço de comunhão, “de acolhimento e de esperança” para os turistas. Um espaço que promova a ajuda de que os viajantes precisam, nomeadamente, respostas para a sua vida espiritual.

Esta é uma das vertentes de reflexão proposta na mensagem pela pastoral do sector para o Dia Mundial do Turismo que hoje se assinala. A mensagem para este ano tem como tema “O turismo e a transformação digital – A rede como espaço de comunhão”.

O Padre Miguel Neto considera que o “papel da Igreja em relação ao espaço digital, é sobretudo gerar comunhão, ocupar esse espaço que existe com dinâmicas e catequeses”. Em seu entender, a Igreja tem de estar presente "através da sua mensagem, do seu diálogo, aquilo que é a postura dos crentes, a postura de quem tem fé nesse espaço de comunhão”. Esta é, assim, uma nova forma de evangelizar admite este responsável da pastoral do turismo.

Através das novas tecnologias, a Igreja pode oferecer aos turistas, a quem viaja, respostas para a sua vida espiritual. Por exemplo, “em relação àquilo que são os horários das missas, os espaços das confissões, isso tudo surge através do âmbito digital”.

Fala-se cada vez mais no turismo religioso, como um segmento que está em crescimento. No entanto, é uma área que precisa de crescer cada vez mais através das redes sociais.

Em Portugal, o turismo religioso “ainda está pouco explorado, porque quando nós falamos de turismo religioso, grande parte das pessoas lembra-se de Fátima. E existem imensas romarias, procissões, hábitos de vida, vivência cristã por explorar” reconhece o Padre Miguel Neto.

Na opinião do responsável, “o turismo religioso é algo que está por trabalhar e por explorar, não só na perspetiva económica, mas também na perspetiva da evangelização e de uma aproximação àquilo que é a identidade religiosa e cristã de cada lugar”.

O Padre Miguel Neto garante que a rede digital “é a ferramenta ideal, porque é rápida, barata, não tem custos de produção e há um acompanhamento ao longo daquilo que é a atividade. Nós, hoje em dia, podemos acompanhar através da rede digital tudo aquilo que são as manifestações cristãs, religiosas, de fé de qualquer lugar”.