Processo de identificação de incendiários "está bem melhor do que em 2017"
18-07-2022 - 19:50
 • Pedro Mesquita com Renascença

O major Ricardo Samouqueiro indica que existem "sistemas de vigilância fixa, de videovigilância florestal, de vigilância móvel", com vários integrantes e componentes.

O major Ricardo Samouqueiro, da direção do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente, da GNR, considera que o processo de deteção de incendiários "está bem melhor do que em 2017".

Ouvido pela Renascença, o elemento da Guarda Nacional Republicana indica que, até agora, já foram detidos 54 alegados incendiários.

De acordo com o ministro da Administração Interna, 13% dos incêndios florestais, em Portugal, resultam de dolo. É à GNR que cabe a coordenação da vigilância e, por isso, necessita de muitas fontes de informação, quer em terra, quer no ar.

O Major Ricardo Samouqueiro indica que existem "sistemas de vigilância fixa, de videovigilância florestal, de vigilância móvel", com vários integrantes e componentes.

Drones funcionam quase sempre, mas há exceções

Já os sistemas de vigilância aérea são compostos por meios tripulados e também não tripulados e fazem cobertura de "áreas onde há maior risco".

O elemento da direção do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente, da GNR, especifica que há um planeamento bisemanal para o uso de drones não tripulados, em que se realizamo três voos para cada uma das três bases: Mirandela, Lousã e Beja.

"Fundamentalmente, nos períodos em que o risco de incêndio é maior", realça.

O Major Ricardo Samougueiro garante que os três voos diários são cumpridos, mas há "raras exceções", como alguma avaria inopinada ou uma indisponibilidade de um dos operadores do dispositivo.

"Em termos de cumprimento das ações planeadas, tempos 70% das missões cumpridas", detalha.

Há aviões fornecidos pela Força Aérea

O elemento da direção do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente, da GNR, explica, ainda, que há meios aéreos solicitados pela força de segurança à Força Aérea, especialmente em períodos "de situação de alerta ou de contigência" e direcionados para onde o risco é maior.

A comunicação é feita diretamente para a GNR, que depois faz o mesmo para as equipas de manutenção e exploração de informação florestal.

No caso dos incendiários, é transmitido dados sobre a presença de um suspeito, caso exista.