Amianto. Escolas de Loures fazem queixa contra Ministério da Educação
16-05-2019 - 09:40
 • Beatriz Lopes

Pais e professores exigem retirada de amianto de escolas com mais de 30 anos, que nunca terão sofrido obras estruturais.

Quatro agrupamentos de escolas do concelho de Loures vão fazer queixa do Ministério da Educação à Provedora de Justiça.

Pais e professores exigem a retirada de amianto das escolas, um material considerado cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que está presente nas coberturas dos estabelecimentos há mais de três décadas.

À Renascença, André Julião, encarregado de educação, acusa o Governo de inércia. "As direções destas escolas e das respetivas associações de pais e encarregados de educação já tentaram pressionar o Ministério da Educação de várias formas, quer através de reuniões, quer através de solicitações de obras de fundo e nada foi conseguido até agora".

Como sinal de descontentamento, esta quinta-feira, às 11h30, representantes das direções dos agrupamentos e associações de pais das escolas entregam uma reclamação formal diretamente na Provedoria de Justiça.

"Aquilo que nós pretendemos é um calendário devidamente estruturado e planeado com intervenções profundas nestas escolas e em todas as outras do concelho que permitam a retirada deste fibrocimento e a sua substituição por materiais que não sejam prejudiciais para a saúde", explica André Julião.

Pais e professores garantem que em causa estão escolas com mais de 30 a 35 anos que nunca terão sofrido obras estruturais.

São mais de oito mil os alunos que frequentam os quatro agrupamentos de escolas do concelho de Loures.