A Turquia vai libertar 38 mil prisioneiros condenados por crimes cometidos antes do dia 1 de Julho, anunciou o ministro da Justiça turco. A decisão está aparentemente relacionada com a sobrelotação das prisões depois da tentativa de golpe de Estado do passado dia 15 de Julho.
O ministro da Justiça, Bekir Bozdag, numa série de 19 mensagens difundidas através das redes sociais, sublinhou que a medida "não se trata de uma amnistia" e que vai ser aplicada apenas aos presos que cometeram crimes antes do dia 1 de Julho.
Segundo as mesmas mensagens, citadas pela France Presse, a ordem do governo não é aplicada aos condenados por assassinato, terrorismo ou crimes contra a segurança de Estado, tais como os milhares de pessoas supostamente envolvidos no golpe falhado de 15 de Julho.
Ao mesmo tempo, o Governo turco emitiu dois decretos que permitem dispensar mais de dois mil polícias e centenas de militares suspeitos de estarem envolvidos na tentativa de golpe do passado mês.
Estas pessoas são acusadas de terem ligações ao clérigo islamita Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos, que Ankara acusa ter patrocinado o gople. Contudo, Gulen nega.
Depois de controlado o movimento rebelde, o presidente turco falou à imprensa, considerando que a tentativa de golpe foi como um “presente de Deus” que permitirá fazer uma “limpeza”. Exército.
Tayyip Erdogan prometeu tomar todas as medidas, "dentro dos limites da lei", para a Turquia levar à justiça os autores da tentativa de golpe, que ocorreu a 15 de Julho e no qual morrem mais de 200 pessoas.
Desde então, forças de segurança turcas têm levado a cabo uma “limpeza”: foram detidas 35 mil de pessoas, como jornalistas, professores universitários, entre outros; dispensados elementos das forças de autoridade, juízes e funcionários públicos; fechadas escolas e instituições.