Marcelo pede que não se "berre" sobre o apoio aos portugueses na Venezuela
30-08-2018 - 09:33
 • Paulo Leitão, com Renascença

O Presidente da República defende, em entrevista à Renascença, que a questão da ajuda aos portugueses na Venezuela não deve ser "instrumento de campanha eleitoral", porque isso terá efeitos "contraproducentes".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, espera que "casos como o da Venezuela" não se transformem "em instrumento de campanha eleitoral", porque "começar a berrar" sobre a estratégia de apoio aos emigrantes portugueses na Venezuela poder ser prejudicial.

"Para alguns, pode ser muito interessante, erradamente, começar a berrar em torno disso, mas podem prejudicar os nossos compatriotas que lá estão. O que tem que ser feito, tem que ser feito de uma forma que não é pública", defende o chefe de Estado, em entrevista à Renascença.

Marcelo Rebelo de Sousa sustenta que o apoio aos portugueses na Venezuela já está em curso e deve continuar a ser feito de forma discreta, uma vez que a ideia é "pacificar, a começar pelo espírito das pessoas". Por isso, diz o Presidente, é importante "não levantar ondas, nem criar especulações, nem suscitar problemas que depois são contraproducentes para os nossos nacionais".

O Presidente da República sublinha que tem "acompanhado a par e passo" a crise na Venezuela e a situação dos portugueses, garantindo que, tanto da parte da Presidência como do Governo, "existe uma permanente preocupação com a nossa comunidade".

"Há um reforço de meios de toda a natureza para apoio aos portugueses", sobretudo para os que têm estabelecimentos comerciais e "sentem na rua os efeitos da crise económica e social".

"Os portugueses são os primeiros a apanhar com esse embate, mais do que outras comunidades emigrantes", remata.