“Se o Miguel Oliveira viesse para a Gresini ficaríamos radiantes”
03-06-2022 - 16:50
 • Fábio Monteiro

A italiana Gresini Racing, a quem Miguel Oliveira tem sido associado, é uma equipa de MotoGP patrocinada pela OLI, uma empresa portuguesa, de Aveiro, especializada em sistemas sanitários. À Renascença, o administrador António Ricardo Oliveira explica que o papel da empresa é de “patrocinador, não de diretor desportivo”.

Com a saída da KTM dada como certa, a continuidade de Miguel Oliveira no MotoGP tornou-se uma questão. Para continuar a competir na prova, o piloto português está obrigado a encontrar um lugar numa nova equipa.

Nos últimos dias, Oliveira tem vindo a ser associado à equipa italiana Gresini Racing - formação patrocinada pela OLI, uma empresa portuguesa, de Aveiro, especializada em sistemas sanitários.

Em declarações à Renascença, António Ricardo Oliveira, administrador da OLI, diz que o papel da empresa é de “patrocinadores, não é de diretores desportivos”.

Ainda assim, admite: “Claro que a Gresini aborda connosco as opções que estão disponíveis e nós podemos ajudar a orientar um projeto mais orientado para um piloto do que para outro piloto. Mas não é algo que nos preocupe nesta fase da discussão da continuidade da parceria, não fizemos nenhuma consideração sobre nenhum piloto. Obviamente que se o Miguel pudesse vir para a Gresini ficaríamos radiantes. Não podemos esconder isso.”

António Ricardo Oliveira recusa comentar se o nome do piloto português já foi apresentado como potencial contratação para a época de 2023. Mas assume que para a OLI seria “vantajoso”, “na medida em que a exposição que o Miguel tem em Portugal é muito maior e ajudaria a alavancar o investimento” feito no mercado nacional.

A empresa portuguesa está a patrocinar a MotoGP pela primeira vez esta época. É uma das 11 entidades que apoia a Gresini Racing. Todavia, não é uma novata do motociclismo mundial. Nas últimas três épocas, patrocinou equipas de Moto2 e Moto3.

Segundo António Ricardo Oliveira, a ligação ao MotoGP é, acima da tudo, uma escolha comercial. “Somos uma empresa portuguesa, mas somos eminentemente exportadores, exportamos 80% da nossa faturação para mais de 80 países. Nesse sentido, precisamos de identificar um veículo que nos permitisse comunicar com o máximo de pessoas possíveis, sobretudo em países onde nós estamos mais presentes comercialmente. E identificamos no MotoGP”, explica.

A OLI tem “fortes ligações a Itália” e os sócios italianos “já tinham patrocinado em tempos não só a Gresini como também a Ducati”, revela ainda.