Putin garante resposta se NATO enviar tropas para Finlândia e Suécia
30-06-2022 - 06:15
 • Renascença com Agências

O Presidente russo afirma que não vê problemas na adesão dos dois países à Aliança Atlântica, no entanto, deixa avisos se tal vier a constituir uma ameaça para Moscovo.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que irá responder “na mesma moeda”, caso a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) venha a instalar infraestruturas militares na Finlândia e Suécia, ou enviar contingentes para esses países.

Vladimir Putin diz não ver entraves à inclusão dos dois países nórdicos naquela organização, sustentando que “a Rússia não tem com esses dois países os problemas que infelizmente tem com a Ucrânia”. O Presidente russo sublinha que não existem disputas territoriais nessas regiões e afirma-se tranquilo quanto à abertura do processo de inclusão de Finlândia e Suécia como membros da NATO. “Se quiserem fazê-lo, que o façam. Mas, têm de perceber que antes disso, não enfrentavam quaisquer ameaças, agora, se houver deslocação de tropas e infraestruturas da NATO seremos obrigados a responder na mesma moeda e a criar o mesmo tipo de ameaças para esses territórios que foram criadas contra nós”, declarou o Presidente russo, em conferência de imprensa durante uma visita ao Turquemenistão.

O processo formal de adesão dos dois países nórdicos foi oficialmente iniciado em Madrid, no decurso da cimeira da NATO, que termina nesta quinta-feira.

Durante esta cimeira, ficou já aprovado um novo Conceito Estratégico para próxima década e no qual se declara a Rússia como a maior e mais direta ameaça à segurança da Aliança Atlântica.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.