José Peseiro foi apresentado como sucessor de Paulo Fonseca, no comando técnico do Sporting de Braga, a 6 de Junho. Passavam poucos dias desde a derrota na final da Taça de Portugal, como treinador do FC Porto e precisamente diante dos minhotos, comandados pelo actual treinador dos ucranianos do Shakhtar Donetsk.
Confiança plena de Peseiro e do presidente António Salvador, que chegou a admitir o erro de despedir o técnico natural de Coruche, no final da temporada 2013/14, depois da conquista da Taça da Liga.
Certo é que, aliado ao falhanço de três dos objectivos da temporada - já lá vamos -, a animosidade permanentemente sentida da parte das bancadas da exigente massa associativa deixava antever que dificilmente Peseiro conseguiria segurar o lugar.
Em Agosto, a derrota com o Benfica, para a Supertaça (3-0). Na semana passada, o afastamento da Liga Europa, logo na fase de grupos e fim precoce da época uefeira. Esta quarta-feira, a inusitada eliminação da Taça de Portugal, perante o secundário Sporting da Covilhã.
No total, foram pouco mais de sete meses de constante instabilidade - tal como tinha acontecido na primeira passagem de Peseiro por Braga.
O treinador de 56 anos orientou os "guerreiros" em 23 encontros oficiais, vencendo 11, empatando cinco e saindo derrotado em sete.
Fora da Europa, fora da Taça de Portugal, Peseiro deixa o Sporting de Braga no quarto lugar da Primeira Liga, a um ponto do Sporting, que ocupa um posto de acesso aos "playoff" da Liga dos Campeões.
Com esta saída do emblema da capital do Minho, José Peseiro torna-se na oitava "chicotada psicológica" da temporada em Portugal, depois de Paulo César Gusmão (Marítimo), Julio Velázquez (Belenenses), Erwin Sánchez (Boavista), Nuno Capucho (Rio Ave), Pepa (Moreirense), Carlos Pinto (Paços de Ferreira) e Fabiano Soares (Estoril).