Marcelo Rebelo de Sousa admite que o Governo pode ser conhecido esta quarta-feira
22-03-2022 - 20:57
 • Lusa

Questionado a propósito do anúncio do primeiro-ministro, António Costa, de que Portugal apoia a aquisição conjunta ao nível da UE de energia e de produtos agroalimentares, o Presidente da República comentou que "a Europa está muito inclinada para isso".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou comentar a constituição do próximo executivo de António Costa enquanto não conhecer os elementos que o integrarão, mas avançou com os possíveis prazos para a apresentação.

"Devo receber entre hoje à noite e amanhã de manhã a orgânica do Governo, como é que é estruturado o Governo, antes de o primeiro-ministro divulgar isso, amanhã a seguir ao Conselho de Ministros, e depois, mais tarde, quando estiverem apurados os resultados [da repetição das eleições legislativas no círculo da Europa], haverá uma audiência com o primeiro-ministro para ele apresentar os nomes", declarou o chefe de Estado.

"Vamos imaginar que amanhã fecha a contagem dos votos pelas 20h00, ao fim da tarde, começo da noite, altura em que já terminou a sessão dos 50 anos do 25 de Abril, portanto havendo audiência com o primeiro-ministro, podem perfeitamente ser divulgados amanhã à noite", completou Marcelo Rebelo de Sousa.

Questionado a propósito do anúncio do primeiro-ministro, António Costa, de que Portugal apoia a aquisição conjunta ao nível da UE de energia e de produtos agroalimentares, o Presidente da República comentou que "a Europa está muito inclinada para isso".

"Há várias posições da Comissão [Europeia], propostas avaliadas pela Comissão nesse sentido. E vários países-membros defendem isso porque facilita, obviamente, a aquisição de bens. Parece uma proposta que tem toda a lógica e que tem um bom ambiente europeu. Tem havido sinais favoráveis nesse sentido", sustentou.

Perante a Comissão Permanente da Assembleia da República, António Costa adiantou que Portugal apoia que se avance na União Europeia para compras conjuntas de energia e de produtos do agroalimentar mais afetados pela crise provocada pela intervenção militar russa na Ucrânia.