​A pandemia de novo ao ataque
05-01-2022 - 06:07

Nas nossas vidas quase tudo mudou, sobretudo a possibilidade de relacionamento comum, que afasta famílias, amigos, toda a sociedade. Sem surpresa, o futebol não fugiu à regra.

O futebol português tem sido massacrado, a todos os níveis, desde que em fevereiro de há dois anos chegou a Portugal uma pandemia muito difícil de combater, que tem causado enorme perturbação na vida dos povos e das famílias.

Todos os sectores têm sido afetados, e ainda estamos longe de saber quando irá terminar este pesadelo, se é que esse fim se pode divisar no horizonte.

Nas nossas vidas quase tudo mudou, sobretudo a possibilidade de relacionamento comum, que afasta famílias, amigos, toda a sociedade.

Sem surpresa, o futebol não fugiu à regra.

Entre nós, começou-se pela suspensão dos nossos campeonatos, continuando com a ausência de público nos estádios, o que prejudicou os espetáculos, mas, sobretudo, a capacidade financeira dos nossos clubes.

Nesta temporada, com muitas dúvidas pelo meio, os campeonatos que estão em curso começaram sob o signo da desconfiança. E, na verdade, temos assistido a situações suscetíveis de gerar ruturas, tanto no plano desportivo quanto financeiro, que não deixarão de ter grandes reflexos no futuro.

Por agora, entre nós, está em debate o jogo respeitante à próxima jornada da primeira Liga a disputar entre o Estoril Praia e o Futebol Clube do Porto, encarado antes com enorme expectativa, mas agora num plano mais secundário.

Os canarinhos foram invadidos pelo covid-19, e estão por isso em situação de clara inferioridade para poderem encarar o jogo com a possibilidade de virem a pontuar.

O pedido destes para que o jogo seja adiado não encontrou eco do lado dos portistas que, com toda a legitimidade, se baseiam nos regulamentos, alterados há pouco tempo no seio de uma Liga sempre capaz de protagonizar as maiores e mais lamentáveis asneiras.

A cinco dias do jogo, sem se saber como tudo irá terminar, estamos a aguardar decisões sensatas que ajudem a evitar a repetição do lamentável espetáculo registado no estádio nacional, quando, em grande inferioridade, o Belenenses Sad defrontou o Benfica, naquele que foi então considerado, e com toda a propriedade, como o “jogo da vergonha”.

Entretanto, sem o mesmo alarde, o jogo entre o Chaves e o Rio Ave, marcado também para o próximo fim-de-semana, já foi adiado para 10 de fevereiro.

Os vilacondenses estão em isolamento devido a um surto de covid que afeta o plantel, e neste caso a Liga foi célere a decidir.