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O presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, anuncia a necessidade de criar um mercado de transferências especial para os jogadores que atuavam no campeonato ucraniano.
Em entrevista a Bola Branca, Evangelista, que está a colaborar com o regresso dos jogadores portugueses que atuam na Ucrânia, acredita que é preciso criar condições para que os jogadores que alinhavam no campeonato ucraniano - suspenso após invasão russa -, possam ainda competir esta época.
"Há a necessidade de criar um janela de transferências especial, para a inscrição dos jogadores que estavam a jogar na Ucrânia, assinando por outros clubes", entende.
Joaquim Evangelista explica ainda que o Sindicato está a tratar vários aspetos resultantes da saída dos jogadores da Ucrânia, como contratos, desvinculações, salários, novas inscrições e treinos.
"Para além do apoio de proximidade, a saúde mental é muito importante nestes casos e estamos a criar um conjunto de apoios internacionais para resolver algumas questões, como por exemplo a desvinculação dos jogadores, a sua inscrição noutros clubes, a questão do salário e a questão dos treinos, e já fomos contatados para disponibilizar o espaço que temos em Odivelas para receber jogadores nessas condições", revela.
Joaquim Evangelista detalha nesta entrevista à Renascença a colaboração que tem dado a jogadores portugueses e brasileiros que atuam na Ucrânia.
"Com a FIFPro, e com apoio do Sindicatos Romeno e Polaco temos tido a capacidade de ajudar os jogadores que estavam com mais dificuldades na Ucrânia, e este trabalho prossegue. Nós acompanhámos de perto o Nélson Monte, depois fomos contatados pelo Marlon, com jogadores do Shaktar e o do Dínamo e que já recebemos a informação que chegaram à Roménia", diz, antes de concluir.
"Hoje de manhã fomos contactados por três jogadores brasileiros para serem ajudadas. Destaco a importância de Fernando Gomes, o presidente da FPF que facilitou os contatos com o homólogo romeno e ucraniano", sublinha.
Ontem, no Estádio da Luz, a manifestação solidária com os ucranianos após a entrada de Yaremchuk no relvado correu o mundo. O ponta de lança entrou, recebeu a braçadeira de capitão, e foi aplaudido de pé pelo estádio, num momento de forte emoção. Joaquim Evangelista elogia a manifestação da Luz.
"Os benfiquistas replicaram aquilo que é o sentimento generalizado dos portugueses, e os jogadores internacionais também têm feito a diferença, numa guerra que não pode deixar ninguém indiferente porque diz respeito a todos", conclui.
Esta segunda-feira, FIFA e UEFA anunciaram a exclusão de clubes e seleções russas de participarem em provas europeias. A Rússia não vai estar no Mundial 2022 e o Spartak de Moscovo foi excluído da Liga Europa.