Ministro considera "irresponsável e alarmista" notícia sobre golas antifumo
26-07-2019 - 12:45
 • Lusa e redação

Eduardo Cabrita remete para o esclarecimento já prestado pela Proteção Civil, que diz que os materiais distribuídos não são de combate a incêndios nem de proteção individual, mas de sensibilização de boas práticas.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse esta sexta-feira que é “irresponsável e alarmista” a notícia sobre as golas antifumo com material inflamável distribuídas no âmbito do programa "Aldeias Seguras".

O ministro sublinhou a importância do programa que está em curso em mais de 1.600 aldeias do país, assegurando que a distribuição das golas antifumo não põe em causa nem o projeto nem a segurança das pessoas.

A notícia é "verdadeiramente irresponsável e alarmista" disse o ministro, adiantando que revela "desconhecimento de questões técnicas que a Autoridade Nacional de Protecção Civil já esclareceu".

Quando confrontado pelos jornalistas sobre o facto de as golas serem feitas com material inflamável, o responsável começou por dizer: "Não me vai pedir para falar das boinas da GNR."

Eduardo Cabrita recusou-se a responder a questões sobre o objetivo da distribuição destas golas com material inflamável, bem como o que as populações devem fazer com elas.

O ministro falava em Mafra, após a celebração do contrato de cooperação interadministrativo com o município de Mafra para a construção dos Postos Territoriais da GNR do Livramento e Malveira.

O "Jornal de Notícias" escreve hoje que 70 mil golas antifumo fabricadas com material inflamável e sem tratamento anticarbonização, que custaram 125 mil euros, foram entregues pela Proteção Civil no âmbito dos programas “Aldeia Segura" e "Pessoas Seguras”.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) veio entretanto esclarecer que os materiais distribuídos no âmbito dos programas não são de combate a incêndios nem de proteção individual, mas de sensibilização de boas práticas.

Estas declarações foram entretanto criticadas pelo presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, que em declarações à Renascença acusou a ANEPC de dar "desculpas esfarrapadas" e exigiu que a Inspeção-Geral da Administração Interna investigue o caso.