​Afinal existe
13-11-2019 - 06:15

A contestação tem um local próprio, onde o ruído tem de ser substituído por intervenções adequadas a cada momento e em moldes que não firam a boa conduta que deve ser exibida em momentos tão importantes.

Já por diversas vezes manifestámos aqui estranheza face à ausência da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD), sobretudo em momentos em que foram visíveis graves manifestações anti-futebol com origem sobretudo em duas claques reconhecidas oficialmente pelo Sporting Clube de Portugal, mas em litígio aberto com o Conselho Diretivo do Clube de Alvalade.

O comportamento de alguns adeptos, sobretudo durante os jogos que a equipa leonina tem realizado no seu estádio, tem gerado um evidente desconforto entre a família do leão, motivo que tem levado uma boa parte dos assistentes a reações de indignação numa clara tentativa de abafar o ruído proveniente dos contestatários do presidente Frederico Varandas.

Diga-se, a propósito, que é legítima essa contestação. Só que o palco onde deve ser exibido não se deve situar à volta do retângulo de jogo.

Tem um local próprio, e esse local é assembleia geral, onde o ruído tem de ser substituído por intervenções adequadas a cada momento e em moldes que não firam a boa conduta que deve ser exibida em momentos tão importantes.

Pois bem, a tal Autoridade saiu ontem a terreiro. E para legalizar as decisões dos responsáveis do Sporting Clube de Portugal, segundo as quais “se encontra liminarmente vedada a concessão de qualquer apoio aos grupos organizados de adeptos alvo da suspensão de registo por parte dos clubes”.

Fica agora a curiosidade em se saber o que vai acontecer a seguir e quais as consequências de eventuais reincidências de comportamentos desviantes, que oxalá não venham a ter lugar. Sobretudo para bem de todo o futebol português.