No final do ano passado, o número de residentes em Portugal atingiu um novo “record” - 10,6 milhões. Este é o quinto aumento anual sucessivo da população residente no país. Um aumento devido à imigração.
É certo que a nossa população ainda não parou de envelhecer; isto é, as pessoas mais velhas continuam, entre nós, a ser mais numerosas do que os jovens. Mas se não tivesse havido imigração o envelhecimento demográfico seria bem mais acentuado.
Hoje é conhecido que uma preocupação crescente de quem tem que gerir uma empresa é encontrar gente para trabalhar, seja na agricultura, no comércio ou na indústria. Por isso são absurdos os movimentos anti-imigração. A verdade é que, sem imigrantes, a atividade económica nacional paralisava.
Então, está tudo bem? Não, não está. O acolhimento aos imigrantes deixa muito a desejar, desde logo na demora em lhes facultar os documentos necessários.
Se a burocracia entrava muita coisa aos nacionais, ela é terrível para os imigrantes que vão chegando ao país. Muitos deles não compreendem a nossa língua. Desgraçadamente, multiplicam-se os imigrantes que se tornam pessoas sem abrigo, a dormir nas ruas.
Tudo isto é sabido, mas importa que seja ultrapassado quanto antes. Para que os imigrantes possam dar o seu contributo às atividades económicas nacionais e, sobretudo, para que se respeitem os direitos humanos dos imigrantes.