​Dias da Silva deixa liderança da Federação Nacional de Educação
03-02-2023 - 17:56
 • Cristina Nascimento

Professor é o secretário-geral da FNE desde 2004. Escolha do sucessor deve ser feita até ao final do mês de fevereiro.

João Dias da Silva, atual secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), vai deixar a liderança da estrutura sindical.

“Completo este ano 70 anos, entro em situação de aposentação e sempre disse que, para mim, não deveria haver dirigente sindicais aposentados a representar trabalhadores no ativo”, explica à Renascença.

“Estou como secretário-geral da FNE desde 2004, completo agora 19 anos. É tempo que baste, por várias razões, é tempo de outras pessoas tomarem conta da FNE”, acrescenta João Dias da Silva.

A saída será formalizada em maio, altura em que se realiza o congresso da estrutura sindical. Antes, até ao fim do mês de fevereiro, a FNE deverá escolher o nome do sucessor.

Nestas declarações à Renascença, Dias da Silva assegura que “a decisão ainda não está tomada”, mas que “até ao fim do mês de fevereiro as direções dos sindicatos deverão continuar o debate que têm vindo a fazer para identificarem a pessoa que deve ser secretário/a-geral da FNE”.

Balanço “francamente positivo”

Num primeiro balanço sobre os 19 anos à frente da FNE, Dias da Silva considera-o “francamente positivo” e classifica como tendo sido um tempo “de crescimento, de afirmação da FNE e dos seus sindicatos”.

“Protagonizamos durante este tempo uma forma autónoma de estar no sindicalismo e na ação sindical”, lembrando a especificidade da FNE “que tem sindicatos de docentes e não docentes”.

Dias da Silva assegura que procuraram relevar recorda “todos os trabalhadores da educação”, lembrando “atividades em que também procuramos envolver a sociedade civil organizada, na relação com a CONFAP, em representação dos pais, fizemos 10 convenções anuais com a CONFAP e com a ANDAEP e com a federação das associações de estudantes do ensino básico e secundário, alargando as nossas parcerias a outras formas de ver a educação, os problemas da educação”.

“Acho que foi um tempo muito rico e que só tem um defeito: é que não é tão rico como aquele se que vai seguir”, remata.