Covid-19: Portugal sem casos de "reações adversas​" à hidroxicloroquina​
15-05-2020 - 13:48
 • Renascença

A diretora-geral da Saúde sublinha que as instituições nacionais e internacionais continuam a acompanhar a “evolução da utilização deste medicamento em todo o mundo e vão ajustando as suas recomendações de acordo com essa evolução”.

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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirma que em Portugal não há registo de reações adversas ao fármaco hidroxicloroquina, que pode utilizado em doentes com Covid-19.

“É um medicamento que deve ser usado de acordo com as suas indicações, pensando-se sempre o que se pesa quando se faz uma prescrição clínica, que são os riscos e os benefícios. A decisão de utilizar é uma decisão médica e sabemos, através do Infarmed, que até à data em Portugal não foram reportadas reações adversas no âmbito do sistema de fármaco vigilância”, disse Graça Freitas em conferência de imprensa.

A diretora-geral da Saúde sublinha que as instituições nacionais e internacionais continuam a acompanhar a “evolução da utilização deste medicamento em todo o mundo e vão ajustando as suas recomendações de acordo com essa evolução”.

A hidroxocloroquina é um medicamento antiviral, utilizado no tratamento da malária, mas que também está a ser usado em doentes com Covid-19.

Em declarações à Renascença a 27 de março, o bastonário da Ordem dos Médicos defendeu que os antivirais, como a hidroxocloroquina, têm tido efeitos positivos na recuperação de doentes com Covid-19 e pode evitar a necessidade de cuidados intensivos nos casos mais graves.

Miguel Guimarães comentava a norma da Direção-Geral da Saúde (DGS), que permite o recurso a alguns antivirais, como a hidroxocloroquina, remédio indicado para o tratamento da malária derivado da cloroquina, no combate ao novo coronavírus.

“Aparentemente, a hidroxocloroquina tem efeitos positivos nos doentes infetados. Por um lado, na recuperação, por outro, a impedir o agravamento de casos mais complicados de internamento, que possam necessitar de ventilação assistida, isto é, de ir para cuidados intensivos”. A leitura é do bastonário da Ordem dos Médicos, que concorda com a decisão da DGS de regulamentar terapêuticas antivirais em pacientes internados com Covid-19.