Grupo Impala institui teletrabalho definitivo e rentabiliza edifício da sede
14-09-2020 - 17:39
 • Lusa

Contratos definem instalações das revistas do grupo, em Sintra, como o local de trabalho. Recurso ao teletrabalho devia ser situação temporária, para conter a propagação da Covid-19.

O grupo Impala informou os trabalhadores que vão permanecer definitivamente em teletrabalho e que o edifício da sede, em Sintra, está a ser transformado com o objetivo de o rentabilizar, disseram à Lusa fontes da empresa esta segunda-feira.

De acordo com informação a que a agência Lusa teve acesso, o grupo, que detém as revistas "Nova Gente", "Maria" e "VIP", entre outros títulos, comunicou a decisão de manter os trabalhadores em teletrabalho numa reunião com os diretores das revistas.

Segundo as mesmas fontes, a administração decidiu ainda transformar o edifício sede da empresa, para o rentabilizar, apesar de os contratos com os trabalhadores definirem aquelas instalações como o local de trabalho, sendo que o recurso ao teletrabalho - em que se encontram - deveria ser uma situação temporária, como medida para conter a propagação da Covid-19.

A Lusa contactou várias vezes a Impala, na tentativa de falar com a administração do grupo, sem sucesso até ao momento.

No final de maio, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) anunciou que tinha sido informado por trabalhadores da Impala de que o grupo ia avançar com o despedimento coletivo de 54 pessoas, desconhecendo quantos são jornalistas.

"O SJ foi também informado de que a Impala está já a substituir os trabalhadores que serão dispensados por pessoal de uma empresa paralela chamada Win-Worldimpala, que tratava dos conteúdos 'online' do grupo, ao que nos foi reportado em condições laborais menos justas e dignas", denunciava ainda a estrutura sindical.

O sindicado diz que "já questionou a administração do grupo sobre essa opção, que considera altamente questionável e eticamente reprovável", e "apela ainda aos trabalhadores da Impala para que constituam órgãos coletivos de representação, para que melhor se possam defender".

De acordo com o avançado por vários media, a Impala fez um pedido para aceder ao regime de 'lay-off', mas este terá sido recusado por a empresa estar em Processo Especial de Revitalização (PER). Este foi homologado em junho de 2016, de acordo com o portal Citius.