Montenegro. Governos do PSD foram "os quatro melhores da democracia portuguesa"
02-03-2023 - 14:25
 • Manuela Pires com Lusa

O presidente dos sociais-democratas defendeu hoje que o seu partido liderou "os quatro melhores governos da democracia portuguesa", numa intervenção em que considerou que o PSD continua a não se poder definir como de esquerda ou de direita.

O líder do PSD, Luís Montenegro, escolheu o lançamento de um livro com textos de Sá Carneiro para recuar no tempo e para dizer que foi com o PSD que o país teve os "quatro melhores governos" desde o 25 de abril.

"Sinto um orgulho enorme em ser hoje presidente do PSD e olhar para trás e ver tantos líderes e tanta gente qualificada, mas ver quatro governos que foram os quatro melhores governos da democracia portuguesa", afirmou, desafiando os portugueses a confrontarem os resultados destes executivos com os dos liderados pelo PS.

Os quatro governos a que Montegro se referia foram, primeiro, a Aliança Democrática com Sá Carneiro, depois Cavaco Silva, Durão e Santana e por último Pedro Passos Coelho.

Luis Montenegro vincou as diferenças entre o os governos PS e PSD. "O engenheiro António Guterres deixou o país num pântano, José Sócrates na bancarrota e António Costa está num ciclo de empobrecimento que nos está a levar para a cauda da Europa".

"Antes disso, já tinha vindo o FMI duas vezes a Portugal, as duas vezes pela mão do Partido Socialista", sublinhou.

O lançamento do livro "Sá Carneiro -- A ausência da liderança", o quinto volume dos textos políticos do fundador do PSD, decorreu na Assembleia da República e contou com a presença do militante número do PSD, Francisco Pinto Balsemão, fundador e antigo primeiro-ministro.

Fazendo uma ligação entre o fim da década de 1970 e a atualidade, Luís Montenegro considerou que a grande diferença entre PS e PSD continua a ser "a linha política verdadeiramente reformista e transformadora dos sociais-democratas".

O quinto volume dos textos políticos de Sá Carneiro, editado pelo Instituto Sá Carneiro e pela Alêtheia, é dedicado ao período dos anos de 1977 e 1978, durante os quais o fundador do PSD deixou por alguns a liderança do partido -- daí o título "A ausência da liderança" - antes de regressar e tornar-se primeiro-ministro até morrer, em 1980.