CIP: Tom “crispado” de Cavaco pode “prejudicar" ambiente de diálogo
23-10-2015 - 10:52

O primeiro-ministro já indigitado deve agora apresentar ao Presidente da República uma proposta de composição do Governo e, depois de tomar posse, terá dez dias para apresentar o seu programa à Assembleia da República.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considerou que o Presidente da República usou no seu discurso um "tom crispado", que pode "prejudicar" o quadro de diálogo de estabilidade.

O Presidente da República indigitou na quinta-feira o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, para o cargo de primeiro-ministro, por o seu partido ter sido o mais votado nas eleições legislativas de 4 de Outubro passado.

Em declarações à agência Lusa, António Saraiva disse que o discurso de Cavaco Silva vem na sequência do que já era esperado: a indigitação de Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro.

"Considero, contudo, que o discurso teve um tom um pouco crispado e que, num momento em que todos (agentes políticos envolvidos, agentes sindicais e empresariais) desejamos estabilidade, penso que o Presidente da República deveria ter usado um tom mais apaziguador, independentemente da solução que foi encontrada e que era obviamente a lógica e normal", salientou.

António Saraiva disse recear que o tom usado por Cavaco Silva possa ter prejudicado o quadro de diálogo de estabilidade. "Receio que, com este tom do discurso, venha crispar o ambiente político-partidário num momento em que precisamos de tranquilidade para vencer os desafios que temos pela frente", concluiu.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já indigitado, deverá agora apresentar ao Presidente da República uma proposta de composição do Governo e, depois de tomar posse, terá dez dias para apresentar o seu programa à Assembleia da República.

Na quinta-feira, Cavaco Silva disse lamentar profundamente que, num tempo em que importa consolidar a trajectória de crescimento e criação de emprego e em que o diálogo e o compromisso são mais necessários do que nunca que interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional".


O presidente da Confederação Empresarial de Portugal considerou que o Presidente da República usou no seu discurso um "tom crispado", que pode "prejudicar" o quadro de diálogo de estabilidade.

O Presidente da República indigitou na quinta-feira o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, para o cargo de primeiro-ministro, por o seu partido ter sido o mais votado nas eleições legislativas de 4 de Outubro passado.

Em declarações à agência Lusa, António Saraiva disse que o discurso de Cavaco Silva vem na sequência do que já era esperado: a indigitação de Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro.

"Considero, contudo, que o discurso teve um tom um pouco crispado e que, num momento em que todos (agentes políticos envolvidos, agentes sindicais e empresariais) desejamos estabilidade, penso que o Presidente da República deveria ter usado um tom mais apaziguador, independentemente da solução que foi encontrada e que era obviamente a lógica e normal", salientou.

António Saraiva disse recear que o tom usado por Cavaco Silva possa ter prejudicado o quadro de diálogo de estabilidade.

"Receio que, com este tom do discurso, venha crispar o ambiente político-partidário num momento em que precisamos de tranquilidade para vencer os desafios que temos pela frente", concluiu.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já indigitado, deverá agora apresentar ao Presidente da República uma proposta de composição do Governo e, depois de tomar posse, terá dez dias para apresentar o seu programa à Assembleia da República.

Na quinta-feira, Cavaco Silva disse lamentar profundamente que, num tempo em que importa consolidar a trajectória de crescimento e criação de emprego e em que o diálogo e o compromisso são mais necessários do que nunca que interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional".

Cavaco Silva considerou que, apesar do Governo PSD/CDS-PP poder não assegurar inteiramente a estabilidade política necessária, "a alternativa claramente inconsistente sugerida por outras forças políticas" teria consequências financeiras, económicas e sociais "muito mais graves".