O Vaticano anunciou a criação de uma equipa de futebol feminina, composto por mulheres que trabalham para a Santa Sé.
O primeiro jogo já está agendado, e oporá a seleção da Santa Sé à equipa feminina da A.S. Roma, que este ano participou pela primeira vez no campeonato italiano, conseguindo o quarto lugar. Seguir-se-á um jogo internacional em junho, ainda por determinar, no contexto de um torneio para angariação de fundos para um hospital pediátrico.
Segundo o responsável pelo desporto no Vaticano, Danilo Zennaro, a prioridade não é o resultado.
“Mesmo que percam 3-0 não faz mal. O que interessa é que estas mulheres tenham a oportunidade de conhecer jogadoras profissionais. Ganham ou percam, tem a ver com a criação de laços e amizades”, diz Zennaro ao jornal britânico “The Guardian”.
Trabalham centenas de mulheres no Vaticano, religiosas e leigas, para além de muitas que estão ligadas à cidade-estado por serem mulheres ou filhas de funcionários. Apesar de a maioria delas não terem experiência de desporto ao mais alto nível, há pelo menos três da equipa que já jogaram mais a sério, incluindo a capitã e ponta-de-lança Eugene Tcheugoue, dos camarões.
A seleção do Vaticano será treinada por Susan Volpini, secretária da associação de Mulheres no Vaticano.
O Vaticano já tem uma equipa masculina há quase meio-século e uma equipa de cricket, formada essencialmente por seminaristas e padres da Índia, do Paquistão e do Reino Unido. Recentemente criou uma equipa de atletismo, com o objetivo último de participar em eventos internacionais, incluindo os Jogos Olímpicos.