Caso Meco. “Praxe é ridícula e não faz sentido absolutamente nenhum em 2020”
15-01-2020 - 10:55
 • Miguel Coelho , Cristina Nascimento

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou Portugal por considerar que a investigação não satisfez os requisitos referentes à proteção do direito à vida. Raposo espera que Ministério Público evite “uma espécie de birra corporativa“.

O comentador da Renascença Henrique Raposo considera que “a praxe é ridícula e não faz sentido absolutamente nenhum em 2020”.

“Aquilo que continuo a ver na cidade de Lisboa na altura das praxes é ridículo. E na época do #metoo aquilo que se faz às miúdas é absolutamente inaceitável”, acrescenta o comentador.

O comentário surge a propósito da condenação de Portugal por parte do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem no caso da morte de seis estudantes universitários na praia do Meco. O tribunal europeu considerou que a investigação não satisfez os requisitos referentes à proteção do direito à vida.

“Espero que o Ministério Público não reaja com uma espécie de birra corporativa/nacionalista. Há que aceitar as críticas e seguir em frente”, disse ainda Raposo.

Já Jacinto Lucas Pires reconhece que é legítimo Portugal recorrer da decisão do tribunal europeu. “Espero que os argumentos jurídicos sejam fortes o suficiente e que isto não seja só uma espécie de mau perder”, diz.

Outro assunto em discussão no espaço de debate do programa “As Três da Manhã” foi as eleições no PSD, numa altura em que a liderança se disputa entre Rui Rio e Luis Montenegro. O escritor Jacinto Lucas Pires considera que os candidatos apresentam “táticas, mas não há ideias”. “Os discursos são pacotes sem sumo”, acrescenta.