Realização do Sporting – Gil Vicente “depende da autoridade de saúde local”
16-09-2020 - 18:26
 • Renascença

Graça Freitas ainda não garante realização do jogo. Clubes têm vários jogadores infetados por Covid-19.

A diretora geral da Saúde refere que a decisão sobre a realização do jogo entre Sporting e Gil Vicente será sempre da autoridade de saúde local.

"A responsabilidade por avaliar localmente as condições que existem para um jogo se realizar, ou não, é da autoridade de saúde local. Se a decisão for difícil, a autoridade de saúda local pode reunir com a regional e a regional com a nacional e tomarmos a decisão em conjunto", garante Graça Freitas, em conferência de imprensa.

A responsável acrescenta que "estamos a falar de surtos e portanto, dentro de cada equipa, vamos ter pessoas divididas em vários grupos. Vamos ter os positivos, que obviamente não vão jogar porque são doentes e estão em isolamento. Depois, podemos ter outro quadrante de pessoas que estão em quarentena porque foram contactos de alto risco e ainda outros jogadores noutro grupo que, ou não foram contacto e estão a fazer a sua vida normal, ou foram contactos de baixo risco”.

Quer Sporting, quer Gil Vicente têm vários jogadores (e outros elementos do staff) infetados por Covid-19.

Graça Freitas refere as autoridades de saúde locais “estão a fazer tudo para ver se há condições que a I Liga se inicie quando está programada”.

“Dito isto, se houver, é o adiamento do jogo. Isto, se não for de todo possível. Não é parar a I Liga. Os outros jogos vão continuar a realizar-se. Mas esta análise é complexa, dado o número de pessoas envolvidas ironicamente nas duas equipas. Estamos a acompanhar de perto esta situação, mas a decisão será sempre da autoridade de saúde local [Lisboa]".

A diretora geral da saúde deixou também a sua opinião sobre o tempo de quarentena imposto a jogadores e treinadores, passando de 14 para 10.

"De facto, os dez dias são consensuais para casos positivos porque é mais fácil seguir o percurso de alguém que fez um teste do que acompanhar um contacto de um positivo. Começa a haver algum consenso à volta dos 10 dias, o que seria uma ótima notícia porque se encurtaria dos 14 para os 10 dias. Mas temos que ser cuidadosos para não aumentar o risco", sublinhou.