O mercado de trabalho e as várias vertentes das tecnologias estão no topo das preocupações dos jovens. Pelo menos dos jovens reunidos no congresso “3 milhões de nós”, que este sábado reuniu cerca de 1700 participantes na Aula Magna da Universidade de Lisboa.
O congresso foi dedicado aos jovens, mas também a pais, professores e educadores, que ao longo do dia participaram em várias conferências e debates.
“Há muitas preocupações dos jovens que têm a ver com os relacionamentos, até com a invasão da tecnologia, os conflitos com outras gerações … “, disse à Renascença o médico Paulo Oom, envolvido na organização.
E os vários jovens que falaram com a Renascença também foram elencando as suas preocupações. A começar pela sua própria mentalidade, com um dos jovens a dizer que “o respeito pelas pessoas mais velhas está um bocadinho mais escasso”.
Outro jovem manifestou preocupação com o futuro e com as chamadas fake news e “incerteza sobre quem governa o país” . e uma jovem explicou que “há pessoas que já nascem a saber o que querem fazer”, mas muitas outras não sabem qual o caminho a seguir.
Ter jovens mais intervenientes, justamente em resposta ao apelo do Papa Francisco é o que defende o Padre Hugo Gonçalves, da paroquia do Campo Grande, onde está instalada a Fraternidade Verbum Dei que organizou este congresso.
“Os jovens precisam de ser desafiado a ser protagonistas da história”, disse Hugo Gonçalves à Renascença, lembrando os apelos do Papa Francisco para que os jovens não fiquem no sofá, mas antes sejam “agendes da mudança que eles tantas vezes reclamam e querem ver acontecer”.